Técnico do Papão comemora mais um empate na Série B

Com um jogador a menos, goleiro Emerson salvou o Paysandu de derrota para o Paraná. Dal Pozzo considerou o 0 a 0 um bom resultado.

qua, 13/07/2016 - 13:57
Divulgação/Internet Dal Pozzo: empate bicolor foi heroico Divulgação/Internet

O Paysandu segue com a curiosa campanha de empates consecutivos na Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. Diante do Paraná, na noite de quarta-feira (12), no Durival de Britto, os bicolores não saíram do zero pela quinta vez seguida, pela 16ª rodada da competição. No entanto, esse teve gosto de vitória devido às circunstâncias da partida, a partir dos 15 minutos finais, quando o volante Augusto Recife recebeu o cartão vermelho e deixou o Papão com um jogador a menos em campo. A defesa bicolor novamente sobressaiu e Emerson evitou a derrota com defesas espetaculares.

Com o empate, os tricolores permaneceram no 5° lugar do campeonato, enquanto os bicolores subiram para a 13ª colocação. No entanto, ambos os times podem perder essas posições até o final da rodada.O treinador do Paysandu, Gilmar Dal Pozzo, definiu dessa maneira o empate, principalmente em virtude da expulsão do volante Augusto Recife. “O primeiro tempo foi muito equilibrado. A gente voltou para o segundo tempo com a estratégia de controlar o jogo e agredir. E tava equilibrado até a expulsão. A partir daí mudou totalmente a nossa estratégia. Essa sequência de jogos está cansando muito e os nossos jogadores estão indo para o sacrifício. Então, foi um empate heroico, principalmente porque o Paraná nos últimos 20 minutos foi melhor”, disse Gilmar Dal Pozzo.

O Papão atingiu a maior marca de invencibilidade do clube em Campeonatos Brasileiros – nove. São três vitórias e seis empates. Os bicolores superaram a marca de 2015, quando ficaram oito jogos sem perder nos dois turnos ­– 7 vitórias e 1 empate -  6 vitórias e 2 empates, respectivamente. Além disso, a defesa bicolor completou o 10° jogo seguido sem sofrer gols. São mais de 900 minutos sem que o adversário balance as redes do Papão.

Na próxima rodada, O Paysandu enfrenta o CRB apenas no dia 23 (sábado), às 16 horas, na Curuzu. Enquanto o Paraná pega o Criciúma no dia 22, às 19h15, no Heriberto Hulse.

Mandante, o Paraná iniciou o jogo com maior posse de bola, mas não conseguia ser efetivo nas jogadas ofensivas. Tanto que a primeira chance foi do Paysandu, em chute de fora da área de Mailson – novamente muito acionado-, que passou perto do gol de Marcos. O lance acordou os paranistas e os tornaram mais agressivos. Aos 17 minutos, Murilo Rangel arriscou de fora da área para a primeira grande intervenção de Emerson na partida. Com três volantes e três atacantes, os bicolores tinham muita dificuldade de trocar passes no meio de campo, abusavam da ligação direta e de jogadas individuais. A bola retornava fácil aos tricolores, que voltaram a ter dificuldades para quebrar o sistema defensivo bicolor.

Logo com dois minutos do segundo tempo, o treinador Gilmar dal Pozzo teve que “queimar” uma substituição com a saída do lesionado Ricardo Capanema. O zagueiro Domingues, improvisado, passou a fazer parceria com o já amarelado Augusto Recife. Por outro lado, Martelotte tirou um meia e pôs o atacante Henrique para dar mais velocidade ao time mandante. Mais veloz, os Paranistas quase abriram o placar com Robson. Após cruzamento de Diego Tavares, o atacante cabeceou firme, Emerson espalmou para escanteio e livrou novamente o Paysandu. Quando a partida dava sinais de novo equilíbrio das ações, Augusto Recife cometeu falta para impedir contra ataque do Paraná, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso, aos 25 minutos. Com 10 jogadores, o treinador bicolor precisou sacar um atacante para colocar outro zagueiro, Gualberto, também improvisado, com a intenção de formar a dupla de volantes com Domingues. Rafael Costa entrou para dar uma opção na bola parada.

E, por muito pouco, a estratégia do Papão não funcionou. Em falta cobrada por Rafael Costa, Gualberto apareceu livre, tentou passe para o meia da área, mas o goleiro Marcos teve coragem se colocar a frente de Gilvan e evitar o gol. Na sequência, o mesmo Gualberto desperdiçou a última chance do Paysandu na partida. Após isso, o Paraná começou a efetuar um verdadeiro bombardeio a área bicolor. Aos 35 minutos, Henrique recebeu dentro da área, girou e chutou forte. A bola iria no ângulo, se não fosse outra vez o goleiro Emerson. Após isso, o camisa 1 precisou contar com a sorte, nas finalizações de Robson e de Robert, este último, nos acréscimos, furou na pequena área a bola que daria a vitória aos paranaenses.

Por Mateus Miranda.

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