Liga quer evitar que desânimo atrapalhe NBB

Para evitar arquibancadas vazias, a Liga Nacional de Basquete (LNB) tenta criar mecanismos para aumentar a qualidade da competição e atrair o público

qui, 08/09/2016 - 09:20

Com o fracasso do basquete brasileiro nos Jogos Olímpicos do Rio, o desânimo pode ser um entrave na temporada 2016/2017 do NBB. Para evitar arquibancadas vazias, a Liga Nacional de Basquete (LNB) tenta criar mecanismos para aumentar a qualidade da competição e atrair o público.

Desde que firmou um acordo com a NBA, a entidade tenta aprimorar os "padrões mínimos". Nesta temporada, há maior exigência com os vestiários dos ginásios e está aprovada a troca das estruturas de ferro para publicidade por composições de espuma. Outra promessa é a introdução do marcador eletrônico de falta no lugar da bandeira vermelha.

Paulo Bassul, gerente técnico da LNB, também ressalta a mudança na atividade do narrador, que ganhou mais liberdade nos últimos anos, e o aprimoramento no sistema de iluminação dos ginásios. "Está havendo investimento em relação a entretenimento, os jogos estão ficando mais divertidos para fidelizar o público, há uma influência de coisas que deram certo lá (nos Estados Unidos) e podem surtir um efeito positivo aqui."

Os dois últimos colocados da fase de classificação do NBB serão rebaixados para a Liga Ouro e apenas o campeão da divisão garante o acesso à elite. Dessa forma, o número de participantes cairá de 16 para 15 na próxima edição. Na temporada 2012/2013, o NBB tinha 18 equipes.

"O NBB deve buscar cada vez mais um padrão de excelência, a gente acha que o caminho é priorizar a qualidade das equipes. Outra linha de pensamento é ampliar a quantidade de equipes da Liga Ouro, que deve crescer contemplando o país inteiro", justifica Bassul.

A competitividade entre as equipes é outra preocupação dos organizadores. De acordo com o gerente técnico, a LNB criou uma comissão para discutir fórmulas a serem implantadas nas próximas temporadas para que haja equilíbrio na montagem das equipes e o investimento entre elas não seja tão díspar. Bassul nega que o fato de o Flamengo ostentar cinco títulos, sendo quatro seguidos, tenha motivado o diálogo e assegura que a entidade não usará o critério de ranqueamento utilizado pelo vôlei.

"Nossa preocupação é que esse sistema não seja um tiro no pé, não incentive os atletas a saírem do País em função do sistema, a ideia é contrária. Esse tipo de cuidado está sendo tomado, ainda vai demorar um tempo, mas é uma meta para a próxima temporada."

O confronto inaugural do NBB entre o campeão Flamengo e o vice Bauru ainda não tem data marcada. A organização explica que a demora na definição da agenda deve-se ao acerto com as emissoras de televisão para as transmissões das partidas e garante que a tabela completa será divulgada em breve. Até agora foi anunciado que o fim de semana do Jogo das Estrelas ocorrerá nos dias 18 e 19 de março e os playoffs da temporada 2016/2017 terão início em 11 de abril.

O local do jogo festivo ainda não foi fechado. De acordo com Bassul, não há até o momento qualquer negociação para que a partida seja disputada na Arena Carioca, palco dos Jogos Olímpicos do Rio. O ginásio também não está confirmado na competição, visto que são os clubes que determinam onde irão sediar os seus jogos.

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