Algoz da França na Euro reclama de "perseguição" no país

O português Éder, atacante do Lille, acabou dando a entender que os franceses ainda devem levar um tempo para esquecer a derrota

ter, 21/03/2017 - 12:04
Líbia Florentino/Especial para o LeiaJá Para a imprensa portuguesa, o atacante segue uma espécie de amuleto para os momentos difíceis Líbia Florentino/Especial para o LeiaJá

LISBOA - Autor do gol que deu o título a Portugal de campeão europeu em 2016, o atacante Éder confirmou que a vida dele não tem sido fácil na França. O atacante do Lille bem que tentou driblar as perguntas sobre a “marcação” que vem sofrendo, mas acabou dando a entender que os franceses ainda devem levar um tempo para esquecer a derrota sofrida contra os portugueses, em casa, na Euro-2016.

“Não queria bater nessa tecla”, confessou o jogador, na entrevista coletiva desta terça (21), na Cidade do Futebol, em Lisboa, durante a reapresentação da Seleção de Portugal visando o confronto contra o Hungria, sábado (25), pelas eliminatórias europeias. “Mas tem sido uma temporada difícil para mim.”

Questionado inclusive a respeito de uma possível perseguição da arbitragem francesa, que não vem marcando faltas envolvendo lances do jogador, Éder evitou confirmar a informação, mas também não fez questão nenhuma em negá-la.

“Na primeira temporada foi um pouco diferente. Não havia ainda o episódio da Euro. Tem acontecido muita coisa, mas tenho mesmo é que focar no que tenho a fazer”, respondeu o jogador de 29 anos, nascido na Guiné Bissau, mas com nacionalidade portuguesa.

No primeiro treino de Portugal visando a partida contra a Hungria, Éder voltou a vestir o colete verde dos reservas. Para a imprensa portuguesa, o atacante segue uma espécie de “amuleto” para os momentos difíceis, condição que parece não ser um problema para o jogador.

“Sigo fazendo o meu trabalho e esperando a oportunidade de entrar nas partidas e colaborar”, disse. 

"Na minha primeira época, foi diferente. Não havia o contexto do Euro e este ano tem sido mais complicado. Tem acontecido muita coisa e tenho de focar-me no que tenho de fazer. Dependo de mim para acabar a época em grande", falando ainda da relação com os adeptos franceses.

"É complicado para eles e eu percebo. Mas não quero estar a bater na mesma tecla. Eles têm as razões deles e cabe-me a mim estar feliz pelo que aconteceu. É uma lembrança espetacular mas já passou", concluiu.

Álvaro Filho, Especial para o LeiaJa.com

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