Do berço à arquibancada: a nova geração de torcedores

O amor pelo clube que passa de pai para filho e ganha cada vez mais os corações das crianças

por Thayná Aguiar qui, 12/10/2017 - 08:30
Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens Vinicius acompanha o pai em quase todas as partidas do Santa Cruz Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens

Cada torcedor tem um motivo específico para escolher seu time de coração; as cores, o hino, a história e, até mesmo, a fase que o clube está vivendo. Mas, assim como uma característica física, pode ser hereditário, passado dos pais para os filhos. Em muitos casos, já é tradição que o amor por um determinado clube de futebol seja ensinado de geração a geração.

Assim são as histórias do tricolor Vinicius de Azevedo, de 4 anos, e do rubro-negro Alessandro Magrão, de apenas 1 mês e 10 dias. O LeiaJá foi até a casa dessas famílias para conhecer um pouco mais das suas relações com os clubes de coração. Mesmo com times tão diferentes e rivais, os dois pequenos torcedores possuem uma coisa em comum: são cercados por símbolos e elementos que remetem à tradições.

Uma voz proclama e canta: É a voz das multidões. Santa Cruz, querido Santa!

Vinicius é filho de Paulo Frederico, de 43 anos, e de Marina Viera de Azevedo, de 41. Carinhosamente apelidado como ‘Vina’, o pequeno tricolor viu nos pais, torcedores do Santa Cruz, um espelho e se transformou em um completo fã do clube coral. Com apenas 4 anos de idade, o garoto já possui mais de 10 camisas, bolas, além de elementos decorativos do clube. Aos 2 anos e 6 meses, Vinicius foi a primeira vez ao Estádio do Arruda. Segundo a mãe, mesmo tão pequeno, o menino parecia encantado com tudo que via. Em 2016, Vinicius comemorou seu aniversário de 3 anos dentro do estádio. E para a surpresa de muita gente, a iniciativa foi do próprio ‘Vina’. 

O pequeno torcedor acompanha o pai em quase todas as partidas. Até no Rio de Janeiro, ele já foi, quando viu o Santa Cruz vencer o Botafogo por 3x0, em 2015. De acordo com o pai, os únicos jogos em que Vinicius não o acompanha são os clássicos, pela própria tensão já existente nos duelos. De acordo com Paulo, não se dá para controlar o que acontece em partidas como estas e, muito menos, as torcidas organizadas. 

São gerações e corações fazendo a história. São campeões e emoções tecendo a glória!

Alessandro Magrão é filho de Valdir de Oliveira Júnior, de 33 anos, e de Renata Rodrigues de Oliveira, de 32. Mesmo sem sequer balbuciar uma palavra, o mini rubro-negro já carrega o nome de um ídolo da torcida do Sport. Logo no começo da gravidez da esposa, o intuito de Valdir era de colocar o seu nome no filho, fazendo dele: Valdir de Oliveira Neto, mas Renata não concordou. Ela preferia que o filho tivesse qualquer nome, menos Valdir. E surpreendeu a todos quando decidiu que o pequeno seria homônimo do goleiro Alessandro Beti Rosa, mais conhecido como Magrão. 

Não demorou muito e a homenagem ganhou as redes sociais e viralizou entre os torcedores, chegando até ao atleta do Sport. Magrão logo visitou o pequeno rubro-negro, um momento único para a família. Segundo Valdir, não vai demorar muito para que o ‘Magrãozinho’, como tem sido chamado, vá para a Ilha do Retiro. De acordo com ele, em breve o garoto vai começar a lhe acompanhar nos jogos. 

Além do Alessandro Magrão, Valdir também é pai de Anderson Neymar, de 5 anos. A escolha do nome ‘Neymar’ se deu pelo momento em que o atual jogador do Paris Saint Germain vivia quando atuava pelo Santos.

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