Caratecas paraenses vão disputar Pan e Sul-americano

Equipe de atletas integra projeto social de artes marciais do bairro da Marambaia, periferia de Belém. Competições serão em Sergipe, de 24 a 26 de novembro.

ter, 21/11/2017 - 16:54
Divulgação/Seel Equipe que vai disputar competições internacionais em Sergipe Divulgação/Seel

Incluir crianças e adolescentes na prática esportiva, garantir a formação integral do cidadão e ainda livrá-los do mundo do crime. Com esses objetivos, a sansei Luciana Pantoja desenvolveu o Instituto Kiai de Karate (IKK), que ensina artes marciais para jovens carentes do bairro da Marambaia, em Belém. Nesta terça-feira, dez deles viajaram para Aracaju-SE, onde irão representar o Pará no Pan-americano e Sul-Americano da PKC, de 24 a 26 de novembro.

"Faço meu trabalho com amor e dedicação. Me sinto feliz em poder estar contribuindo na formação desses alunos enquanto cidadãos. Mesmo com tanta dificuldade em manter o projeto é uma satisfação ocupar o tempo desses jovens para que não venham parar nas ruas, se tornando vítimas da violência ou um risco para a sociedade. Posso afirmar que esta é a minha missão e vamos em busca de medalhas lá", ressaltou Luciana Pantoja, fundadora do projeto.

Aluno há quase dois anos, José Gabriel, é um dos destaques do IKK, sendo campeão no Brasileiro de kata e vice-campeão no Brasileiro de kumitê, realizados na capital paraense e no Piauí, respectivamente. O caratê me ajuda a ter disciplina e concentração, na escola. E participar de campeonatos é uma forma de conhecer novos lugares e pessoas", falou o faixa vermelha de 7 anos.

Com alunos entre 7 e 15 anos, o projeto social atende, atualmente, 30 estudantes. O Instituto é afiliado à Federação de Karate Shotokan do Pará (FKS). Em três anos de existência, formou 65 campeões, 56 vice-campeões e 11 terceiros lugares, além de participantes em campeonatos paraenses e brasileiros, inclusive em confederações diferentes.

Por ter apoio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), o projeto ensina arte marcial sem custo aos alunos, tendo como requisitos serem moradores do bairro da Marambaia ou arredores, estudantes matriculados e frequentadores de escolas públicas. Os participantes têm direito a carteira de identificação, uniformes, kimono e material didático, necessários durante as aulas. Além disso, recebem acompanhamento psicológico. "Alegria grande em ver esses jovens viajando em busca de seus sonhos. Nosso dever é esse, possibilitar que possam crescer como esportistas e cidadãos", disse Renilce Nicodemos, titular da Seel.

Da assessoria da Seel.



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