Rússia quer deportar turistas que ficaram lá após a Copa
Cerca de 5,5 mil estrangeiros ainda não deixaram o território russo
A Rússia enfrenta um problema com os turistas que foram ao país para assistir à Copa do Mundo, realizada entre junho e julho de 2018. Pouco mais de seis meses depois de a França vencer a Croácia na final, cerca de 5,5 mil estrangeiros, de um total de 650 mil que se credenciaram, ainda não deixaram o território russo, de acordo com um relato das autoridades policiais divulgado nesta sexta-feira.
Diretor do departamento de imigração do Ministério do Interior da Rússia, Andrei Kayushin afirmou que a quantidade de estrangeiros que permanecia no país ao final de 2018 era de 12 mil, os quais tinham o "ID de fã" válido até o término do ano passado. As forças de segurança locais conseguiram reduzir esse número.
"A grande maioria deles respeitou a lei e saiu do país nos prazos correspondentes. Iniciamos procedimentos para deportar os demais e espero que todos tenham ido embora até 30 de março", disse Kayushin, sem especificar do que essas pessoas se ocupam no Rússia desde o fim da Copa.
Parte dos visitantes se aproveitou do "ID de fã" para entrar na Rússia com a esperança de cruzar ilegalmente as fronteiras da União Europeia. Também há um número de estrangeiros que pediu asilo no país que sediou o Mundial.
Dois dias depois da final entre França e Croácia, cerca de 60 nigerianos acamparam em frente à embaixada do país deles, em Moscou, e pediram ajuda para voltar para casa. Uma agência russa que combate o tráfico de seres humanos descobriu que uma organização prometeu trabalho na Copa do Mundo a esses homens, mas a oferta era falsa.