Rali cruza rios amazônicos do Marajó a Alter do Chão

Barcos atravessam as águas paraenses por 20 dias, numa expedição marcada por motivação e aventuras ambientais e culturais

ter, 09/11/2021 - 16:13
Dinei Souza/LeiaJáImagens Barcos do rali na parada em Belém Dinei Souza/LeiaJáImagens

O BRally Amazon promove a descoberta da floresta amazônica e percorre o rio Amazonas por cerca de 500 milhas, durante 20 dias. A edição deste ano teve início no dia 27 de outubro, em Soure, no Marajó, e termina no dia 15 de novembro, com a chegada dos barcos em Alter do Chão, em Santarém.

A flotilha é acompanhada por uma infraestrutura composta por segurança privada, mecânico, equipe médica e logística. Além disso, eventos culturais e gastronômicos também são realizados.

Silvio Ramos, idealizador do BRally Amazon, falou sobre a trajetória como velejador, dando voltas pelo mundo, até chegar ao projeto, que nasceu em novembro de 2012, quando estava na África do Sul. “Navegadores falaram: ‘Silvio, leva a gente para o Brasil. Mostra o Brasil para a gente’. E eu fiz isso”, conta.

Silvio também afirma que sempre teve vontade de conhecer a região e levar outras pessoas para fazerem o mesmo. Além disso, o circunavegador fala sobre o legado que ele deixa com o BRally. Segundo ele, aprender sobre a fauna e a flora da Amazônia faz parte disso, assim como aprender mais sobre os rios, conhecer a vida ribeirinha, a culinária, entre outros.

No futuro, destaca, o BRally deve mobilizar mais embarcações estrangeiras para o Brasil, e mais barcos brasileiros também. “Eu acho que quanto mais gente ajudar, mais rápido nós vamos fazer isso. Só tem um jeito, nós vamos fazer ou nós vamos fazer”, reafirma.

O médico nutricionista Rodrigo Carvalho recebeu o convite para participar do BRally Amazon recentemente, e conta que está sempre em busca de fazer algo diferente e de novos desafios. “Eu sou o primeiro cadeirante a fazer essa travessia, e para mim é sempre um prazer estar topando, seja esse, ou qualquer outro desafio”, afirma.

Rodrigo diz que a sensação de estar envolvido no evento é diferente, libertadora e motivadora, pois mostra que estar em uma cadeira de rodas não é um impedimento. “É mostrar a outros cadeirantes que a vida não se resume só a lugares acessíveis. Quando você tem amigos, pessoas comprometidas com você também, porque claro que eu não venho sozinho do nada, eu venho porque eu tenho amigos que topam enfrentar esse desafio junto comigo”, complementa.

Por Isabella Cordeiro. Com produção de Dinei Souza.

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