Náutico colocou o departamento jurídico à disposição do atleta Divulgação

Um jogador da base do Náutico, de 16 anos, denunciou um caso de racismo contra ele nesta quinta-feira (27). Segundo uma nota divulgada pelo clube, Misherllon Ferreira, goleiro da equipe sub-17, foi acusado por dois homens de tentar furtar um veículo enquanto aguardava seu pai em um posto depois de deixar o CT Wilson Campos. 

O clube, no comunicado, afirmou que, além de Misherllon, um homem negro foi obrigado a se retirar do local e disse que foi chamado de “nego”. O Náutico informou que o departamento jurídico do clube está à disposição do atleta.

Confira a nota na íntegra. 

O Clube Náutico Capibaribe vem a público repudiar e lamentar o caso de injúria racial e calúnia envolvendo o atleta Misherllon Ferreira, goleiro da equipe sub-17 alvirrubra. 

Nesta quinta-feira (27), ao deixar o centro de treinamento Wilson Campos, o atleta se dirigiu a um posto de gasolina próximo ao CT para esperar seu pai. Neste momento, segundo o goleiro de apenas 16 anos, ele foi acusado por dois homens de estar tentando furtar um veículo que estava estacionado no local.

Além da caluniosa imputação, Misherllon, um homem negro, afirma que foi obrigado a se retirar do local, sendo chamado de "nego", fato que caracteriza outro crime, o da injúria racial.

É inadimíssivel que cenas como essa ainda se repitam nos dias atuais. O preconceito, seja ele por raça, orientação sexual ou qualquer outra "diferença", precisa ser combatido e seus autores punidos com veemência. 

Informamos, ainda, que o Náutico coloca à disposição do atleta e sua família todo o departamento jurídico do clube. Não serão medidos esforços para que o caso seja solucionado e as penas estabelecidas em lei aplicadas.