Buffon é o novo chefe de delegação da seleção da Itália

O ex-goleiro aceitou neste sábado (5) a proposta do presidente da Federação Italiana de Futebol (Figc), Gabriele Gravina

sab, 05/08/2023 - 11:46
Reprodução/Instagram Buffon estará de volta ao grupo azzurro a partir de 4 de setembro Reprodução/Instagram

​(ANSA) - Campeão mundial em 2006 e um dos goleiros mais vitoriosos da história do futebol, o italiano Gianluigi Buffon, que anunciou sua aposentadoria nesta semana, é o novo chefe de delegação da seleção da Itália.

O ex-goleiro aceitou neste sábado (5) a proposta do presidente da Federação Italiana de Futebol (Figc), Gabriele Gravina, para assumir o cargo que ficou vago após a morte de Gianluca Vialli em Janeiro.

O anúncio foi antecipado pela ANSA e confirmado pela Figc em comunicado oficial.

"É um grande dia para a seleção italiana porque Gigi está voltando para casa. Buffon é um ícone do nosso futebol e uma pessoa especial. Sua paixão, seu carisma e seu profissionalismo serão decisivos para escrever uma nova e emocionante página desta extraordinária história de amor que é a camisa Azzurra", declarou Gravina.

O presidente da Figc reforçou sua satisfação porque este é um objetivo seu há algum tempo, principalmente por ver em Buffon "as qualidades de um treinador de alto nível e na Figc pode começar a segunda metade da sua vida no mundo do futebol".

De acordo com a federação italiana, Buffon estará de volta ao grupo azzurro a partir de 4 de setembro, quando estão marcados os jogos contra a Macedônia do Norte, no dia 9, em Skopje, e a Ucrânia, no dia 12, em Milão, válidos pela preparação para a Euro 2024 na Alemanha.

Por sua vez, o goleiro italiano reforçou que voltará para a seleção porque "aquela criança que atravessou o portão de Coverciano pela primeira vez há 30 anos ainda quer sonhar e viver esse sonho junto com os torcedores italianos".

"Desde o primeiro contato nos últimos dias com o presidente Gravina e depois com Mauro Vladovich, já havia decidido dizer sim, mas tínhamos que verificar alguns aspectos técnicos. A seleção vem em primeiro lugar e nada me impediria de voltar para casa", acrescentou.

Para o campeão mundial, a camisa da azzurra "sempre fez parte" da sua vida e a vestiu com orgulho e honrou com empenho, principalmente porque lhe deu emoções únicas".

"Chorei quando ganhamos a Copa do Mundo e quando não conseguimos a classificação. Tive o privilégio de ser o único goleiro em 113 anos a poder vestir a azzurra, além das várias cores das camisas de goleiro e foi uma homenagem que muito apreciei", contou ele, lembrando que sua "relação com a seleção é visceral" e "cada convocação, cada treino, cada jogo, tudo era especial, porque nesses momentos você sente que está ali para representar a sua nação, o seu povo".

"Essa imensa responsabilidade sempre me deu forças para não desistir e para me levantar após cada queda", concluiu.

Buffon, que estreou na Série A em 1995, quando tinha apenas 18 anos, passou as últimas duas temporadas jogando a segunda divisão pelo Parma, equipe que o revelou.

O ex-goleiro teve uma passagem gloriosa pela Juventus, onde virou ídolo, bem como uma breve experiência no Paris Saint-Germain.

Em Turim, Buffon venceu mais de 20 títulos, entre eles 10 Campeonatos Italianos e cinco Copas da Itália, mas falhou em dar uma Liga dos Campeões ao time bianconero. Eleito melhor goleiro do mundo em 2017, Buffon foi providencial no triunfo da Itália na Copa do Mundo de 2006, além de ser considerado por muitos como o melhor arqueiro da história do futebol.

"SuperGigi" é o atleta que mais vezes vestiu a camisa da Azzurra e está em uma seleta lista de jogadores que disputaram ao menos cinco mundiais, além de ser recordista de jogos na Série A, com 657 duelos disputados. (ANSA).

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