Cingapura nega que condenações a chibatadas sejam tortura
Cingapura defendeu nesta segunda-feira a sentença de um tribunal local, que condenou dois jovens alemães a receberem três chibatadas por fazerem pichações no metrô da cidade-Estado em novembro, rejeitando que este castigo seja um ato de tortura.
Andreas Von Knorre, de 22 anos, e Elton Hinz, de 21 anos, foram condenados a nove meses de prisão e a três chibatadas depois de terem sido declarados culpados de vandalismo e violação da propriedade.
A ONG Human Rights Watch denunciou este tipo de castigo em Cingapura, "um vergonhoso recurso à tortura" que remonta à época colonial britânica.
O Ministério Público de Cingapura rejeitou nesta segunda-feira as críticas, explicando que são aplicados os mesmos critérios com os dois alemães e com os cidadãos do país.
"As leis de Cingapura contra o vandalismo são muito conhecidas. As chibatadas são a punição imposta por atos de vandalismo, e a lei é aplicada a qualquer pessoa que a descumpra", declarou à AFP uma porta-voz do Ministério Público.
"As chibatadas não são um ato de tortura. Em Cingapura são realizadas sob normas rígidas, com a supervisão de um médico", acrescentou.
Von Knorre e Hinz são "vândalos que infringiram a lei para se tornar conhecidos, sem pensar nos custos sociais ou nas perturbações que seus atos podiam causar nos demais", afirmou.
Em sua última declaração ante a Corte, os dois jovens classificaram seus atos de erro estúpido e pediram o indulto dos magistrados.