Cingapura nega que condenações a chibatadas sejam tortura

seg, 09/03/2015 - 10:00
ROSLAN RAHMAN (Novembro) Andreas Von Knorre (e) e Elton Hinz ROSLAN RAHMAN

Cingapura defendeu nesta segunda-feira a sentença de um tribunal local, que condenou dois jovens alemães a receberem três chibatadas por fazerem pichações no metrô da cidade-Estado em novembro, rejeitando que este castigo seja um ato de tortura.

Andreas Von Knorre, de 22 anos, e Elton Hinz, de 21 anos, foram condenados a nove meses de prisão e a três chibatadas depois de terem sido declarados culpados de vandalismo e violação da propriedade.

A ONG Human Rights Watch denunciou este tipo de castigo em Cingapura, "um vergonhoso recurso à tortura" que remonta à época colonial britânica.

O Ministério Público de Cingapura rejeitou nesta segunda-feira as críticas, explicando que são aplicados os mesmos critérios com os dois alemães e com os cidadãos do país.

"As leis de Cingapura contra o vandalismo são muito conhecidas. As chibatadas são a punição imposta por atos de vandalismo, e a lei é aplicada a qualquer pessoa que a descumpra", declarou à AFP uma porta-voz do Ministério Público.

"As chibatadas não são um ato de tortura. Em Cingapura são realizadas sob normas rígidas, com a supervisão de um médico", acrescentou.

Von Knorre e Hinz são "vândalos que infringiram a lei para se tornar conhecidos, sem pensar nos custos sociais ou nas perturbações que seus atos podiam causar nos demais", afirmou.

Em sua última declaração ante a Corte, os dois jovens classificaram seus atos de erro estúpido e pediram o indulto dos magistrados.

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