Juros mais longos têm viés de alta com dólar
Os juros futuros intermediários e longos mostram volatilidade na manhã desta terça-feira, 19, acompanhando o movimento do dólar ante o real, mas também são influenciados pelos juros dos Treasuries. O dólar passou a subir após a divulgação do dado de moradias nos Estados Unidos, voltou a cair e há pouco estava de novo no terreno positivo, renovando as máximas.
As construções de moradias iniciadas nos Estados Unidos em abril subiram 20,2%, de uma estimativa de aumento de 10,2%. Além disso, as permissões para novas obras subiram 10,1%, de previsão de 1,7%. Os juros futuros mostram viés de alta, seguindo o dólar e influenciados pelos Treasuries.
No radar do investidor local estão ainda as negociações em torno do ajuste fiscal. Hoje, o Senado pode votar a MP 665, que faz mudanças nos benefícios trabalhistas e ontem o governo fechou acordo com o PMDB para a manutenção do fim das desonerações na folha de pagamento, um dos pontos principais do programa de aperto do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Às 9h56, o DI para janeiro de 2016 tinha taxa de 13,86%, na máxima, ante 13,82% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 exibia taxa de 13,53%, de 13,49% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 12,66%, de 12,61% no ajuste de ontem.
Entre as taxas mais curtas o viés é de leve alta e, no horário acima, o DI para julho de 2015 tinha taxa de 13,409%, ante 13,396% no ajuste de ontem. A curva mais curta é influenciada ainda por declarações do diretor de Política Econômica do Banco Central, Luiz Awazu, que reafirmou a postura vigilante do BC com a inflação, reforçando as apostas de mais uma alta de 0,50 ponto porcentual da Selic na reunião de junho.
Mais cedo, foi divulgado que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,41% na segunda prévia de maio, ante avanço de 1,16% na segunda prévia do mesmo índice de abril, dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções, que esperavam alta entre 0,32% a 0,59%, e abaixo da mediana das expectativas, que era positiva em 0,47%. Na primeira prévia deste mês, o índice havia subido 0,51%. O dado, no entanto, não influencia os negócios com juros futuros.