Apac acredita que fenômeno não se repetirá neste mês Líbia Florentino/LeiaJáImagens/Arquivo

Mesmo em clima chuvoso, a Região Metropolitana do Recife (RMR) amanheceu menos caótica nesta terça-feira (10). Segundo nota da Prefeitura do Recife emitida na noite da segunda-feira (9), choveu 185 milímetros nas últimas 24 horas, o esperado para 18 dias.

De acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), a previsão para o dia é de chuvas fracas e rápidas pela manhã e à noite. “As chuvas já diminuíram de intensidade e teremos um bom período de estiagem durante o dia”, explicou o meteorologista da Apac, Thiago do Vale. 

O meteorologista considera a chuva da segunda-feira como típica do inverno. “É comum que chova ao longo do mês, que é o período chuvoso da gente, mas não nessa intensidade”, complementou. O fenômeno meteorológico Distúrbio Ondulatório de Lesta foi o responsável pelas chuvas fortes e moderadas que caíram na Zona da Mata e RMR. O distúrbio ocorre principalmente nos meses de março a agosto no setor leste do nordeste, forma-se no oceano e se desloca para o continente causando precipitações que podem persistir por até três dias.

Em coletiva de imprensa, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, revelou que se as chuvas permanecessem por mais 12 horas poderia ser a maior ocorrida nos últimos 30 anos. Desde o início da segunda-feira, 25 semáforos apresentaram falhas técnicas, caíram sete árvores e seis galhos grandes e muitas vias ficaram alagadas. 

Os pontos em que mais houve chuva foram na Região Metropolitana. O bairro de Jardim Fragoso, em Olinda, ficou na primeira posição, com 225 milímetros, seguido de Bonsucesso, também em Olinda, com 214 mm, e do bairro do Janga, em Paulista, com 194 mm. Os rios monitorados pela Apac sofreram uma elevação de nível, mas não atingiu a cota de alerta.

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