Polícia do Rio encontra corpo que pode ser de australiano

Rye Hunt está desaparecido desde o dia 21 de maio. Ele chegou ao Rio no dia 16, acompanhado pelo amigo Mitchell Sheppard

qua, 08/06/2016 - 13:50

Um corpo encontrado na manhã desta quarta-feira, 8, numa praia em Maricá, cidade da região metropolitana do Rio, pode ser do australiano desaparecido Rye Hunt, de 25 anos. De acordo com delegada Elen Souto, da Delegacia de Descoberta de Paradeiros, o cadáver foi encaminhado para a perícia. A identificação será feita por comparação de DNA. Na semana passada, no Rio, Michael Wholohan, tio do australiano, teve o DNA coletado.

Hunt está desaparecido desde o dia 21 de maio. Ele chegou ao Rio no dia 16, acompanhado pelo amigo Mitchell Sheppard. Eles se hospedaram em um albergue na Lapa (região central). Na madrugada do dia 21, ambos teriam usado ecstasy de maneira inadequada - segundo a delegada, em vez de diluir a droga em água, os australianos a aspiraram - e foram a uma casa noturna na Lapa.

Durante a festa, a dupla teria aspirado mais ecstasy, bebido vodca e entrado em surto psicótico. Após causar tumulto, eles foram expulsos da casa noturna e retornaram ao albergue, mas Hunt teria se recusado a entrar no quarto compartilhado, pois acreditava estar sendo perseguido por alguém que queria matá-lo, segundo o amigo disse à polícia. Por isso, só entrou no quarto compartilhado em um momento em que não havia mais nenhum hóspede.

Eles ficariam no Rio até o dia 24. Sheppard disse ter sugerido que os dois antecipassem a viagem para a Bolívia, próxima etapa do passeio que faziam pela América do Sul. Eles foram de táxi ao Aeroporto Internacional, onde Hunt teria tido outro surto. Ele desistiu de viajar e foi sozinho de táxi para Copacabana (zona sul), onde alugou um apartamento por três dias, pelos quais pagou 200 dólares.

Na segunda-feira (30), um pescador informou a Polícia Civil que no dia 22 viu Hunt na ilha de Cotunduba, a 2 km da praia do Leme, na zona sul. O australiano teria chegado a nado à ilha e tinha ferimentos no corpo, possivelmente causado por mariscos presos às rochas da ilha. A pedido da polícia, bombeiros fizeram buscas na ilha, que é inabitada, mas não encontraram ninguém.

COMENTÁRIOS dos leitores