Quadrilha que arrombava lojas e furtava celulares é presa

De acordo com a Polícia Civil, grupo estudava o ambiente, descobria as falhas de segurança e agia durante a madrugada

por Eduarda Esteves seg, 22/08/2016 - 11:51
Divulgação Apenas em um inquérito, a Polícia Civil já contabiliza o furto de mais de 100 aparelhos de celular Divulgação

A Polícia Civil apresentou na manhã desta segunda-feira (22) detalhes da investigação da Operação Celular, que resultou na prisão de um grupo com cinco integrantes e um menor de 16 anos. De acordo com o delegado João Gustavo Godoy, a quadrilha era formada por moradores do bairro do Jordão, na Zona Sul do Recife, e agia arrombado estabelecimentos comerciais do Recife e do interior de Pernambuco, durante a madrugada. Eles furtavam principalmente aparelhos celulares.  

Desde o início da investigação, após um arrombamento de uma loja de informática, no bairro da Madalena, o delegado já contabilizou que já foram mais de 100 telefones roubados das lojas. "Eles arrombavam os estabelecimentos durante a madrugada e depois revendiam os aparelhos por um preço muito mais baixo do valor de mercado", conta Godoy. Em apenas uma das lojas foram realizadas 28 investidas. 

Romário Ferreira da Silva, Israel José de Lima Ferreira, Márcio Júnior Correia de Lima, Ezequiel Pedro da Silva e Marcos Soares da Silva Júnior foram presos quando tentava arrombar uma loja no município de Gravatá, no Agreste do Estado. Um menor de 16 anos também foi apreendido. Um outro integrante, Leonardo Marcos dos Santos está foragido. O menor foi encaminhado para a Funase e os outros seguiram para o Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel). 

A polícia descarta a possibilidade de ações sem um estudo anterior do ambiente. Para o delegado, os assaltantes faziam uma análise prévia no local e descobriam quais eram as falhas de segurança dos estabelecimentos. Além dos celulares, os homens também furtavam aparelhos eletrônicos. Em alguns estabelecimentos comerciais, o grupo permanecia por até uma hora.  

Após os furtos, os produtos eram repassados para terceiros e muitas vezes para donos de comércio que revendiam os celulares para outras pessoas por um valor baixo. "Já calculamos um prejuízo de mais de R$ 100 mil", afirmou João Godoy. Foram realizadas prisões por receptação de comerciantes que revendiam os produtos e pessoas que adquiriram os eletrônicos furtados também foram ouvidas pelo delegado.

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