Parto humanizado ganha incentivo em rede hospitalar

Enfermeira ministrou oficina sobre métodos e terapias para o alívio da dor, no III Congresso Multidisciplinar de Saúde, em Belém

por Ariela Motizuki qua, 02/05/2018 - 18:49
Jhonatan Rafael/LeiaJáImagens Oficina sobre parto humanizado reuniu bom público, em Belém Jhonatan Rafael/LeiaJáImagens

 O atendimento humanizado vem sendo nos últimos anos um dos principais enfoques do Sistema Único de Saúde (SUS) na saúde brasileira do país. Dentro dessas diretrizes, o parto humanizado é um processo que vem sendo valorizado por profissionais, em que são muito importantes para o nascimento do bebê a presença de acompanhantes, uso da água e terapias.

Durante o III Congresso Multidisciplinar de Saúde, da Universidade da Amazônia (Unama), realizado no último final de semana do mês de abril, a humanização foi a principal temática abordada. A enfermeira e professora Halessa Pimentel ministrou uma oficina sobre métodos não farmacológicos para o alívio da dor do parto. Em vez de usar remédios, os profissionais usam terapias para aliviar a dor da paciente.

O parto humanizado costuma ser confundido como um “tipo de parto”, quando na verdade ele é um processo que é formado por detalhes que constroem o parto, mesmo se for por cesariana. “Quando falamos em parto humanizado, as pessoas pensam apenas no parto vaginal, fisiológico, mas o parto humanizado também pode ser um parto cesárea. A gente utiliza a massagem e reforça a presença do acompanhante, que é uma figura muito importante nesse processo”, explicou a enfermeira.

No Brasil, desde 2005, a Lei 11.108 incentiva esse tipo de parto como parte das ações do Ministério da Saúde para a melhora dos atendimentos às gestantes e a humanização dos partos no país. No Estado do Pará, há atualmente 11 hospitais “Amigos da Criança”, que possuem a proposta de promoção ao aleitamento materno e incentivo ao parto humanizado. “As técnicas objetivam ensinar e aprimorar os profissionais a entender um pouco dos métodos que a gente pode usar durante o trabalho de parto que não sejam invasivos. Isso qualifica o profissional para uma assistência melhor e humanizada. Então a gente vai estar abordando a utilização da bola suíça para fazer os movimentos, massagens, musicoterapias, cromoterapia”, afirmou Halessa.

COMENTÁRIOS dos leitores