Aldeia: Perícia confirma que restos mortais são do médico

A confirmação foi feita através de um exame de DNA realizado pelo Instituto de Genética Forense Eduardo Campos (IGFEC)

por Lorena Andrade ter, 10/07/2018 - 18:03 Atualizado em: ter, 10/07/2018 - 19:24
Polícia Civil/Divulgação Restos mortais de médico estavam dentro de um poço Polícia Civil/Divulgação

Os restos mortais encontrados em uma cacimba do condomínio de luxo Torquato Castro, em Aldeia, são mesmo do médico Denirson Paes da Silva, de 54 anos. A informação foi confirmada por peritos do Instituto de Criminalística (IC) na tarde desta terça-feira (10).

A confirmação foi feita através de um exame de DNA. O corpo de Denirson foi encontrado no último dia 4 em uma cacimba de 25 metros na área de lazer da casa em que ele morava com a família.

O resultado do teste de DNA levou quatro dias para ficar pronto e foi realizado pelo Instituto de Genética Forense Eduardo Campos (IGFEC).

A conclusão divulgada nesta terça é resultado da perícia na primeira parte do corpo recolhida. Segundo a Polícia Civil, na quinta-feira (5) e nesta terça-feira (10) outros fragmentos do corpo foram encontrados pelo Corpo de Bombeiros.

A corporação, com o auxílio de equipamentos específicos, está fazendo uma escavação na cacimba na tentativa de encontrar mais restos mortais do médico. "As buscas seguem até que os bombeiros digam que não há mais nada lá dentro [da cacimba]", explicou o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, o delegado Joselito Kherle.

Apenas após o fim das buscas é que a perícia tanatoscópica, que indica a causa da morte, será concluída. Por conta do avançado estado de decomposição, talvez não seja possível determinar como o médico foi morto.

"É um crime difícil de ser investigado. Dependendo das condições, o legista vai poder afirmar ou não como se deu a morte", afirmou a chefe do Instituto de Criminalística, Sandra Santos. Por conta da maneira como os restos mortais foram encontrados - partes foram cobertas com areia e metralha -, a polícia disse que não há dúvidas de que o corpo foi esquartejado e ocultado.

"Houve um processo de ocultação, um trabalho intensivo para ocultar e esconder o crime que veio à tona hoje com o resultado do DNA", detalhou Joselito Kherle. O material usado para cobrir o corpo foi retirado do quiosque localizado na área da piscina da residência.

Ainda segundo Kherle, não está descartada a participação de uma terceira pessoa no crime. "Mas os indícios suficientes da participação dos dois [Jussara e Danilo] se confirmam hoje que a investigação estava numa linha correta", afirmou.

A esposa de Denirson, Jussara Rodrigues da Silva Paes, e o filho, Danilo Paes, estão presos preventivamente desde a última quinta-feira (5). A polícia também reforçou que o filho mais novo do casal não investigado pelo crime.

"Não há indícios até o momento de que o filho mais novo participou ou teve ciência do crime", disse Kherle. Nesta terça, o jovem se manifestou sobre o caso nas redes sociais pela primeira vez. Através do Instagram, o estudante de Administração Daniel Paes, de 20 anos, agradeceu pelo apoio que vem recebendo.

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