Dia do Motociclista: perfil das vítimas continua o mesmo

O paciente do sexo masculino, entre 20 e 39 anos, vítima de colisão com motos encontra-se em primeiro lugar nas notificações de casos de vítimas de acidentes com transportes terrestres

por Jameson Ramos qua, 25/07/2018 - 10:43
LeiaJá Imagens/Arquivo As precauções precisam ser tomadas para que esse perfil mude LeiaJá Imagens/Arquivo

Levantamento feito pelo Hospital Miguel Arraes (HMA), em Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR), constatou que com o passar dos anos o perfil da principal vítima de acidentes com motocicletas não mudou; pelo menos não na unidade de saúde. O paciente do sexo masculino, entre 20 e 39 anos, vítima de colisão com motos encontra-se em primeiro lugar nas notificações de casos de vítimas de acidentes com transportes terrestres. Em 2017, dos 1.754 registros de acidentes de trânsito que deram entrada no HMA, 1.236 (70,5%) foram com motos. Desses, 87% foram homens e 63% na faixa de idade descrita. O Dia do Motociclista, celebrado nesta sexta-feira (27), vem com pretensão de alertar para esses dados.

Mesmo o perfil dos acidentados se mantendo o mesmo, entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2018 o Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital Miguel Arraes (NEPI) registrou 562 atendimentos a acidentados com motos, uma redução de 3,93% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 585 vítimas deram entrada na unidade. Das vítimas, 87% foram do sexo masculino, 63,5% tinham entre 20 e 39 anos e 59,8% feridos em colisão. Sendo importante observar que esses números são referentes apenas a unidade de atendimento aqui apontada, se for juntar com todos os dados do Estado esse número se multiplica.

“A falta dos equipamentos de proteção individuais, como capacete e sapatos fechados, somada ao fato de que cerca de 67% dos motoristas de moto em todo o Brasil são homens, fazem com que o perfil desse tipo de acidente não mude”, confirma o ortopedista e traumatologista Francisco Couto, diretor médico em exercício do HMA.

Um outro dado diz respeito às internações hospitalares. Em 2017, 59,2% dos pacientes que deram entrada no Miguel Arraes após acidente com moto precisaram ser internados. Até 30 de junho deste ano, o índice já é de 46,8%. Francisco alerta que a recuperação é lenta. "São pacientes submetidos, muitas vezes, a mais de uma intervenção cirúrgica e que precisam de acompanhamento médico, fazendo com que fiquem afastados da família, dos amigos e do trabalho, com grande possibilidade de alguma sequela", ressalta o médico.

Brasil

O país tem hoje mais de 13 milhões de motos circulando segundo o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN). Só nos três primeiros meses de 2018, o Seguro DPVAT registrou o pagamento de 50.469 indenizações por invalidez permanente, além de outras 4.578 por morte e 11.154 por despesas médicas apenas para acidentes relacionados a motocicletas.

Com informações da assessoria

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