Aldeia: Justiça nega segundo habeas corpus de mãe e filho
Jussara Rodrigues da Silva Paes, esposa do médico Denirson Paes, e o filho mais velho dele, Danilo Paes, são suspeitos do crime
Pela segunda vez, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negou o Habeas Corpus (HC) que pedia a soltura da mulher e do filho do médico Denirson Paes, de 54 anos. O corpo do cardiologista foi encontrado no último dia 4 em uma cacimba de 25 metros na área de lazer da casa em que ele morava com a família. Jussara Rodrigues da Silva Paes, esposa do médico, e o filho mais velho deles, Danilo Paes, são suspeitos do crime.
O TJPE informou que a votação que indeferiu o pedido de soltura foi unânime. Jussara e Danilo estão presos desde o dia 5 de julho por homicídio e ocultação de cadáver. No dia 11 de julho, a defesa dos suspeitos entrou com o primeiro pedido de habeas corpus, que foi negado no dia 12 do mesmo mês pelo desembargador Antônio de Melo e Lima.
O CASO
No dia 20 de junho, a esposa do médico foi até a Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do companheiro ocorrido no dia 31 de maio. Ela alegava que o marido teria viajado e não mais voltado. A polícia começou a suspeitar de familiares porque Jussara demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas, e não havia movimentação na conta bancária dele.
Quando os restos mortais foram encontrados, no dia 4 de julho, o filho mais velho teria dito que o pai poderia ter se suicidado. O Instituto de Criminalística fez uma perícia que apontou vestígios de sangue em dois banheiros e um corredor da casa. Foi constatado ainda que o local passou por profunda limpeza e que há sinal de arrastamento no corredor que dá acesso à cacimba. Os peritos constataram, ainda, que areia e brita foram jogadas na cacimba. Além de cloro líquido e em pastilha pra evitar a proliferação de bactérias - o que reforça a tese de premeditação.
Jussara e Danilo foram encaminhados para audiência de custódia pelo crime de ocultação de cadáver. Mãe e filho conseguiram a liberdade, mas antes que deixassem o fórum foram presos através de um mandado de prisão temporária por homicídio.
A principal linha de investigação da polícia até o momento é de que o crime tenha sido motivado por um pedido de separação feito pelo médico. Em depoimento, o caçula revelou que o pai queria se afastar da residência e que Danilo não tinha uma boa relação com o cardiologista.