PE: Operação desarticula quadrilha que fraudava licitações
De acordo com a Polícia Civil, empresários estão sendo alvo dos mandados. Eles teriam tentado impedir uma licitação na Prefeitura de Ipojuca, no Grande Recife
A Polícia Civil de Pernambuco desencadeou na manhã desta quinta-feira (11) uma operação com objetivo de prender integrantes de uma associação criminosa envolvida em crimes relacionados a licitações. A Operação Castelo de Farinha está cumprindo três mandados de prisão e sete mandados de busca e apreensão domiciliar expedidos pelo poder judiciário do Estado.
De acordo com a polícia, as investigações começaram em julho deste ano após prisões em flagrante de pessoas que tentaram impedir uma licitação na Prefeitura de Ipojuca, no Grande Recife. Segundo a corporação, esses acusados chegaram a rasgar os documentos para que a oferta não acontecesse. Proprietários e funcionários de empresas do setor de alimentos estão sendo investigados. Há a possibilidade de que mais fraudes tenham sido realizadas pelo grupo. "O objetivo é identificar possíveis fraudes em outras licitações. Os mandados de prisão temporária são para que a gente possa dar continuidade e chegar à conclusão do inquérito policial", detalhou o delegado José Cláudio Nogueira, diretor da Diretoria Integrada de Polícia Especializada (DIRESP).
Dos três mandados de prisão, apenas um foi cumprido. "Temos informações de que uma dessas pessoas está fora do país", disse o delegado. Os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos em áreas de luxo do Estado, como a Avenida Boa Viagem e a Reserva do Paiva. "São [alvos dos mandados] empresários, pessoas com alto poder aquisitivo", explicou Nogueira. A operação, que conta com a participação de integrantes do departamento de inteligência da corporação e do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), está sendo presidida pela delegada Patrícia Domingos. Cerca de 60 policiais, entre delegados, agentes e escrivães, estão participando. A pessoa presa, que não teve o nome divulgado, e os materiais apreendidos foram levados para a sede do Grupo de Operações Especiais (GOE), no Cordeiro, na Zona Oeste do Recife.