Bolsas da Europa fecham sem sinal único, de olho na Itália
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,12%, em 361,24 pontos, mas na semana avançou 0,64%
As bolsas europeias tiveram uma sessão volátil nesta sexta-feira, 19. A questão do orçamento da Itália pressionou os mercados nas primeiras horas, mas uma declaração conciliatória da União Europeia acalmou o quadro, mais para o fim do pregão. Além disso, notícias corporativas estiveram no radar dos investidores, entre eles um sinal negativo de uma montadora, que prejudicou papéis do setor.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,12%, em 361,24 pontos, mas na semana avançou 0,64%.
A intenção do governo italiano de estabelecer déficit de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em seu próximo orçamento continuou a chamar a atenção. As primeiras reações da União Europeia foram de críticas, enquanto investidores e analistas ponderam sobre o risco de piora no quadro fiscal no país e de rebaixamentos do rating por agências de crédito. Nas primeiras horas do dia, o assunto impôs um tom de cautela nos negócios.
Mais para o fim do pregão, contudo, um sinal da UE ajudou a melhorar o quadro. Comissário para Orçamento do bloco, Pierre Moscovici afirmou que não haverá interferência nas políticas econômicas da Itália e que é possível resolver as diferenças entre as partes por meio do diálogo. Após a declaração conciliadora a bolsa de Milão se fortaleceu, passando a oscilar perto da estabilidade.
Em Frankfurt e Paris, porém, ações de montadoras e fabricantes de autopeças ficaram pressionadas, após a alemã Daimler emitir um alerta de lucro, o segundo neste ano. A fabricante de pneus Michelin fez recentemente alerta semelhante, alimentando preocupações com o setor, em meio a tensões comerciais com os Estados Unidos.
Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em alta de 0,32%, em 7.049,80 pontos, e na semana teve ganho de 0,77%. O setor de energia se saiu bem, em jornada de ganhos para o cobre e o petróleo: Frontera Resources subiu 7,19% e BP, 0,54%. Entre os bancos, Lloyds caiu 1,51% e Barclays teve queda de 0,96%.
Em Frankfurt, o índice DAX teve queda de 0,31%, a 11.553,83 pontos, e na semana subiu 0,26%. Daimler teve baixa de 1,95%, Porsche caiu 1,61% e Daimler cedeu 1,95%, no setor automotivo. Lufthansa também teve jornada negativa, em queda de 6,02%, em meio a notícias de que a companhia aérea estuda opções para seu serviço de catering, que poderia incluir a venda dele, o que foi criticado pelo sindicato de trabalhadores da empresa.
Na bolsa de Paris, o índice CAC-40 fechou com baixa de 0,63%, em 5.084,66 pontos, e na semana recuou 0,22%. Peugeot caiu 2,51% e Renault recuou 3,09%, enquanto Crédit Agricole teve queda de 1,95%. A petroleira Total subiu 0,06%.
Em Milão, o índice FTSE-MIB fechou em queda de 0,04%, em 19.080,16 pontos, e na semana recuou 0,91%. No setor bancário italiano, Banca Carige caiu 3,77%, BPM recuou 1,53% e UniCredit cedeu 0,96%, mas Intesa Sanpaolo subiu 0,26%. No setor de energia, ENI avançou 0,64%.
O índice IBEX-35, da bolsa de Madri, fechou em alta de 0,03%, em 8.892,10 pontos, e na semana recuou 0,11%. Santander caiu 0,33% e Banco de Sabadell recuou 0,13%, enquanto CaixaBank subiu 0,66% e BBVA avançou 0,99%, entre os bancos. No setor de energia, Iberdrola se destacou, em alta de 1,65%.
Na bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 fechou em queda de 0,68%, em 5.026,02 pontos, e na semana avançou 0,38%. Altri subiu 1,51%, Banco Comercial Português recuou 1,75% e Galp Energia caiu 0,35%, nesse mercado. (Com informações da Dow Jones Newswires)