Militares recebem certificado de educadores ambientais

Policiais ganharam certificação após curso elaborado pelo Batalhão da Polícia Ambiental e financiado pela Escola de Governança do Estado do Pará

dom, 09/12/2018 - 09:36
Divulgação Capitã Patrícia Gonçalves e tenente Renata Pimentel, do Batalhão de Polícia Ambiental Divulgação

Ocorreu na manhã de quarta-feira (4) a certificação dos policiais militares que participaram do I Curso de Formação de Educadores Ambientais da Amazônia (CFEAM), no Palácio dos Despachos, na Casa Militar. A iniciativa do curso foi uma parceria entre o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPA), organização idealizadora, e a Escola de Governança Pública do Estado do Pará (EGPA), entidade financiadora do projeto.

“A EGPA comprou essa ideia, financiou por meio do projeto pedagógico que foi entregue. E com isso eles começaram a trabalhar, contratar os professores e fechar uma grade curricular entorno do curso”, relatou a capitã Patrícia Gonçalves. A educação ambiental é uma atividade de grande destaque dentro do batalhão, além do policiamento ostensivo. O Batalhão de Polícia Ambiental sempre exerceu o papel educador, desenvolvendo trilhas e ministrando palestras tanto internamente quanto externamente. "Os policiais militares já exercem a função de educadores ambientais e a ideia de passar um curso é a questão de formalizar, padronizar as ações de educação ambiental que são realizadas por eles", declarou a capitã.

O Batalhão já tem dois projetos do Juizado de Crimes Ambientais: Guarda Mirim Ambiental e BPA Vai à Escola. Segundo a capitã Patrícia, esses programas representam o policial militar como sendo agente de transformação naquela escola.

O curso teve duração de 30 dias e formou 36 militares. Três destes eram do interior do Estado: dois de Santarém e um de Marabá. O projeto já possui dez escolas selecionadas no entorno do Parque Estadual do Utinga para aplicar o conteúdo do curso de educação ambiental.

Para a tenente e pedagoga Renata Pimentel, responsável pela elaboração do projeto pedagógico, esse policiais que foram capacitados vão levar ao conhecimento dos alunos as principais questões de preservação do meio ambiente. Além disso, ela esclareceu que projetos como esse ajudam no relacionamento da polícia com a sociedade e que essas atividades ajudam na propagação e compreensão da importância da natureza na vida de todos. “Eu tenho a possibilidade de propagar aquilo que eu passei para 40, 80 pessoas. Porque quando aquele aluno entende aquilo que recebeu, ele repassa. Outra perspectiva importante é nós atrelarmos a polícia com a comunidade”, explicou a tenente.

O curso compreendeu conteúdos como legislação ambiental, lei brasileira de inclusão (LBI) além de envolver as experiências adquiridas pelo batalhão quando em prática. “Nós pegamos nossas perspectivas dentro do próprio Batalhão de Polícia Ambiental: o trabalho que nós já exercemos lá dentro e os projetos nos quais atuamos”, frisou a tenente e pedagoga.

Para o soldado Gustavo Ramalho, um dos militares que receberam a certificação, a educação que envolve também as crianças está relacionada com a necessidade de mostrar a ideia da construção de uma cidade e um futuro melhores para a sociedade brasileira. “E, principalmente levando essa nova visão, essa nova vertente de educação ambiental para as crianças para que elas possam ser parte de uma nova sociedade, para construir um futuro melhor”, disse o soldado.

Por Wesley Lima.

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