Revista alemã demite jornalista por inventar notícias
Ex-funcionário inventava detalhes e citações em seus artigos
Com a descoberta sobre manipulação de fatos e propagação de mentiras em diversas reportagens publicadas, o premiado jornalista Claas Relotius, de 33 anos, foi demitido da revista de notícias alemã Der Spiegel. Algumas das 60 reportagens escritas por ele eram verdadeiras, entretanto, o jornalista admitiu que enganou os leitores em pelo menos 14 artigos publicados.
Colaborador da revista desde 2011, após a verificação do caso, seu contrato foi cancelado imediatamente. De acordo com o periódico, após negar as acusações, ele confessou na semana passada que criava passagens e histórias. Em alguns artigos, foram incluídos indivíduos que ele nunca manteve contato. De acordo com a publicação da Spiegel, o jornalista "falsificou artigos em grande escala e até mesmo inventou personagens".
Entre as histórias falsas, constavam conteúdos sobre um detento de Guantánamo preso por engano, crianças capturadas pelo Estado Islâmico, e a história de uma americana que participava como testemunha de execuções de presos do corredor da morte.
A Der Spiegel ainda trabalha para descobrir a extensão das farsas do jornalista. Ela se referiu ao ocorrido como um "ponto baixo” nos seus 70 anos de história e desculpou-se pelas ações do ex-funcionário. "Ele agiu com intenção, método e elevado nível de energia criminal", afirmou o comunicado. Relotius disse aos seus editores que "não era motivado pelo desejo de fazer sucesso, mas pelo medo de fracassar".