PMs que faziam falsa Lei Seca serão apresentados à Justiça
Policiais são acusados de cobrar até R$ 1,5 mil para liberação dos motoristas
Uma operação envolvendo a Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS), polícias Militar e Civl prendeu sete policiais em Porto de Galinhas, Litoral Sul do Estado, na noite do sábado (19). Os policiais são acusados de extorquir condutores em falsas blitzes da Lei Seca.
Segundo a SDS, os policiais paravam em torno de 10 a 15 carros por noite e cobravam, em dinheiro, entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil para liberação dos motoristas. A denúncia foi recebida no final de 2018, quando, então, foi instaurado um Procedimento Administrativo.
“As investigações prosseguem e, a partir da divulgação, possivelmente apareçam mais vítimas. Esse é um trabalho constante que fazemos e aqueles que não agem como servidor público, como um agente da lei e em proteção da sociedade, fatalmente serão alcançados e poderão ser excluídos das corporações, além de responderem criminalmente”, disse o secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua.
Os militares fazem parte do 18º Batalhão da Polícia Militar, sediado no Cabo de Santo Agostinho. Eles foram autuados por crime militar na Delegacia de Polícia Judiciária Militar da PM, no Derby, centro do Recife. Eles estão detidos no Batalhão de Choque e, nesta segunda-feira (21), serão apresentados à Justiça. O grupo responderá também a um Procedimento Administrativo Disciplinar.
“A Polícia Militar jamais vai tolerar comportamentos inadequados de seus integrantes. A resposta a qualquer desvio de conduta será sempre embasada pelo rigor da Lei, em respeito à sociedade pernambucana e à imensa maioria de seus militares, pessoas honradas que vestem com orgulho sua farda, entregando todos os dias a própria vida em defesa de cada um dos pernambucanos”, afirmou o comandante geral da PM, Coronel Vanildo Maranhão.