Vendas do Tesouro Direto registram queda em 2018
No ano passado, cerca de 60% das vendas tiveram valor de até R$ 1 mil
A venda de títulos públicos por meio do Tesouro Direto registrou queda de 7,41% em 2018, informou o governo federal nesta sexta-feira (25). As operações, que somaram R$ 19,383 bilhões em 2017, caíram para R$ 17,945 bilhões no ano passado.
Essa foi a primeira queda na venda de títulos públicos desde o início do programa, em 2002. O Tesouro Direto permite que pessoas físicas comprem títulos do governo por intermédio de corretoras.
Segundo o gerente do Tesouro Direto, Paulo Marques, a queda no número de aplicações não é necessariamente ruim, visto que está relacionada com uma participação maior de pequenos investidores. Em 2018, os números mostram que aproximadamente 60% das vendas tiveram valor de até R$ 1 mil.
Além disso, 1,19 milhão de investidores ingressaram no programa, que passou a contar, em dezembro, com um total de 3,11 milhões de investidores. O maior aumento anual desde 2002.
"As facilidades de simulação têm estimulado o pequeno investidor a entrar. O nosso objetivo sempre foi a educação financeira. A gente quer colocar mais investidores dentro do programa. Crescer a base, dando uma chance de as pessoas entenderem um pouco mais como funciona esse mercado de renda fixa. E a gente tem tido sucesso", afirmou Marques.
Em março do ano passado, o governo anunciou que o aplicativo do Tesouro Direto passou a possibilitar a realização de simulações sem a necessidade de um cadastro prévio. Outra novidade foi a incorporação de uma gerente virtual, criada para aproximar os potenciais investidores do programa.