Anuário do Simineral faz balanço dos ganhos da mineração
De acordo com o documento do sindicato das indústrias mineradoras, o setor responde por aproximadamente 90% da economia paraense
O Sindicato das Indústrias Minerais do Pará (Simineral) divulgou na quinta-feira (15), na Casa da Mineração, o 8º Anuário Mineral Do Pará, que indica as ações resultantes e atividades que envolveram a área da mineração no ano de 2018. (Acesse aqui a página do anuário).
A edição digital do documento, que se encontra disponível em português e inglês, apresenta hiperlinks, gráficos e galerias de imagens que ilustram e esclarecem informações sobre as atividades desenvolvidas pelo ramo mineração. Por meio de cifras e percentuais, o Estado do Pará foi mostrado na vanguarda da produção do país e como um dos maiores centros mineradores do mundo.
José Fernando Gomes Júnior, presidente do Simineral, anunciou que a formulação do anuário da mineração já não mais terá versões impressas, mas apenas digitais, para que haja uma maior facilidade na transmissão das informações nas mais diversas regiões do Pará. “A nossa ideia foi justamente essa, tornar cada vez mais acessível a informação para que a sociedade se aproprie disso“, declarou José Fernando.
O dirigente do Simineral frisou que há uma constante demanda por informações e disse que haverá o lançamento de um novo projeto que irá auxiliar o anuário no esclarecimento e repasse de dados. “Não vai precisar esperar 2020, estamos pensando e temos sido cobrados pela sociedade paraense de não esperar (mais) um ano. As informações estão acontecendo agora. Em breve, vamos lançar um novo produto e não vai esperar mais um ano, (mais) um anuário”, anunciou o representante do sindicato das mineradoras.
Segundo o 8º Anuário Mineral do Pará, o setor representa quase 90% do PIB (Produto Interno Bruto) do Estado. O balanço apresenta o minério de ferro como o produto de maior importância. Além disso, relata que as mineradoras são responsáveis pelo emprego de 266 mil pessoas, direta e indiretamente. “O anuário é uma radiografia completa do setor mineral no Pará: empregos, impostos pagos, destino do minério e parcerias”, explicou José Fernando.
A edição aborda as negociações internacionais desenvolvidas com China, Malásia e Japão como as maiores em que o Estado do Pará está envolvido. “Esses (China, Malásia e Japão) são os três principais compradores. Quando você olha a China, todo ano ela diz que vai crescer 5%, 7%, até mais de 10%. A China crescendo é a locomotiva que leva os outros países junto. E o Pará, como um grande Estado que tem a mineração como sua vocação, acaba crescendo junto”, analisou a relação Pará-China, o líder sindical.
O presidente do Simineral citou a importância das parcerias com diversos setores, governamentais e privados, e de investimentos em novas infraestruturas, como os projetos da hidrovia do Tocantins e Pedral do Lourenço, ambos em Marabá. “O projeto está andando e deve ser licitado em breve. A licença ambiental está correndo para ser liberada para que possa ser possibilitada a licitação”, informou o presidente do Simineral sobre a hidrovia do Tocantins-Araguaia.
O anuário informa que as inovações tecnológicas interferem diretamente na produção minerária do estado do Pará, eliminando práticas danosas. Como exemplo foram citadas as estruturas da mina do Projeto Ferro Carajás S11D, da Vale. “Tudo de novo e tecnológico está acontecendo aqui. Se você pegar o S11D, é tudo por esteira e (há) também reaproveitamento de água. O S11D é um demonstração que a mineração vem evoluindo”, avaliou José Fernando.
Por Wesley Lima. (Com apoio de Brenna Pardal).