Beatriz será sepultada em Petrolina no próximo sábado

Corpo estava enterrado no interior de Juazeiro, na Bahia. Com a transferência, a família espera a visitação das pessoas ao túmulo

qua, 03/04/2019 - 10:28
Reprodução/Facebook/Beatriz Clama por Justiça Beatriz foi assassinada a facadas em dezembro de 2015. Crime segue sem solução Reprodução/Facebook/Beatriz Clama por Justiça

No próximo sábado (6) será o sepultamento da menina Beatriz Angélica Mota no cemitério Memorial SAF, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Beatriz tinha 7 anos quando foi assassinada com 42 facadas durante festa de formatura em colégio do centro de Petrolina em dezembro de 2015. O crime segue sem solução.

O corpo da criança está enterrado no cemitério Lagoa da Pedra, no interior de Juazeiro, na Bahia. Ainda no último ano, o cemitério de Petrolina fez o convite à família de Beatriz para enterrar os restos mortais em Pernambuco.

Não haverá cortejo durante a exumação na Bahia. O sepultamento será realizado às 16h30. Com a mudança, os pais terão maior facilidade para visitar o túmulo da filha. “É uma homenagem a Beatriz. Agora ela estará num melhor espaço, com segurança e que permitirá a visitação de todos. Ela nasceu em Juazeiro-BA, mas foi morta em Petrolina. Isso nunca deve ser esquecido”, resumiu o pai Sandro Romilton ao LeiaJá.

A última grande novidade do caso ocorreu em dezembro do último ano, quando a Justiça deferiu o pedido de prisão de Alisson Henrique de Carvalho Cunha, ex-funcionário do Colégio Maria Auxiliadora. Ele é acusado de ter apagado as imagens da câmera de segurança relacionadas ao assassinato. Alisson está foragido.

O caso

Beatriz foi assassinada aos sete anos com mais de 40 facadas. A garota desapareceu no dia 10 de dezembro de 2015 após ir ao bebedouro do Colégio Auxiliadora. O corpo foi encontrado pouco depois em uma sala de material esportivo desativada.

Desde então, quatro delegados já assumiram a investigação sem que fosse encontrado o autor do crime. Atualmente, a delegada Polyana Neri está exclusivamente na investigação do caso. Segundo a Polícia Civil, ela conta com apoio de quatro policiais e tem a estrutura necessária para desenvolver os trabalhos.

Ao longo dos anos, a polícia identificou dois perfis de DNA masculino, na faca e na unha da menina; divulgou um retrato falado de um suspeito de cometer o crime; apontou cinco pessoas como participantes do crime, que seriam funcionárias do colégio; e divulgou imagens e vídeos do homem que teria cometido o crime. Em coletiva de imprensa, Gleide Ângelo, na época à frente das investigações, garantiu que o homem apresentado nas imagens era o autor do crime. Mesmo com as imagens e recompensa, não se chegou ao assassino.

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