Mórmons permitem batismo de filhos de casais homossexuais
Fundada em 1830, a religião mórmon conta com 16 milhões de membros e tem como missão restaurar a verdadeira Igreja em sua pureza primitiva, com o fim de preparar a volta de Cristo
A Igreja dos mórmons, conhecida oficialmente como Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, aceitou batizar os filhos de casais homossexuais ou transgênero, sejam membros deste culto ou não. Esta decisão "entra em vigor de imediato", disse nesta quinta-feira (4) a Igreja em um comunicado.
"Anteriormente, nosso manual assimilava o casamento com uma pessoa do mesmo sexo com apostasia", em outras palavras, uma negação de fé, explicou o comunicado.
"Embora ainda consideremos tal união como uma transgressão grave, não se tratará mais como uma apostasia (...) Ao contrário, o comportamento imoral será tratado da mesma maneira, seja em relações heterossexuais ou homossexuais", acrescenta o texto.
"Os esforços dos nossos membros para mostrar uma maior compreensão, compaixão e amor devem contribuir para o respeito entre as pessoas de boa vontade. Queremos reduzir o ódio e o desprezo que prevalecem atualmente", escreveu a Igreja.
No entanto, insistiu em que "estas mudanças não constituem uma reversão na doutrina da Igreja sobre o casamento ou aos mandamentos de Deus com relação à castidade e à moralidade".
Fundada em 1830, a religião mórmon, com sede em Salt Lake City, Utah, conta com 16 milhões de membros e tem como missão restaurar a verdadeira Igreja em sua pureza primitiva, com o fim de preparar a volta de Cristo.
Baseia-se no chamado "Livro de Mormón", que leva o nome de um antigo profeta, uma versão "restaurada" da palavra Jesus, em oposição à versão clássica resultante da "grande apostasia" do cristianismo.