Mulheres sobre duas rodas: paixão por motos
No dia do motociclista, elas compartilham suas experiências e aventuras
O Dia do Motociclista é comemorado neste sábado (27) e as mulheres motociclistas mostram que isso é muito mais do que praticidade. Elas não temem as altas velocidades e são apaixonadas por se aventurar sobre duas rodas.
A autônoma Diankarla Damasceno, 56 anos, mais conhecida como Vovó Cross, começou a pilotar aos 12 anos. “Não se torna apaixonada por moto, você nasce apaixonada pelas duas rodas”, afirma.
Ela conta que desde pequena convivia com motocicletas, pois seu pai era piloto da Polícia do Exército. A Vovó Cross já pilotou em quase todo território nacional e já conheceu países como Argentina, Chile, Bolívia e Paraguai viajando de moto. “Pequenos apuros passamos a todo momento, afinal, moto é um veículo maravilhoso mas muito perigoso”, conta.
Além das viagens, ela é competidora de off road há sete anos. “Sou a mulher mais velha no Brasil como piloto de enduro. Hoje vou em algumas provas só para rever os amigos e me divertir, sem nenhuma intenção de competir”, afirma.
Diankarla Damasceno, a 'Vovó Cross', pilota desde os 12 anos de idade | Foto: acervo pessoal
Mas não só as motos grandes que participam das aventuras. A empresária Rebeca Bonel, 24 anos, já viajou para seis estados brasileiros e quatro países na América do Sul com sua Biz (Honda) 125. “Nunca tive vontade de ter moto grande. Até agora, todos os lugares que eu fui com a pequena não senti falta de nada”, ressalta.
Segundo Rebeca, quando começou a pilotar, há nove anos, o objetivo era a praticidade que o meio de transporte oferece mas, com o tempo veio a vontade de conhecer outros lugares junto com a ‘pequena’. “Não deixo que as aparências enganem e nem que as falas destrutivas desmotivem meus planos”, ensina.
Rebeca Bonel em uma de suas viagens com a Biz. Foto: acervo pessoal
As aventuras também podem proporcionar um amor quando menos se espera. A analista de sistemas Noellen Samara da Silva, 32 anos, conheceu o atual namorado, Cassiano Bueno, por meio das viagens. Ela costumava postar suas aventuras no canal de vídeos na internet e ele acompanhava as postagens. “Não se trata só de estrada, se trata também de sentimento, inspirar e mudar vidas”, ressalta.
Em oito anos de estrada, Noellen já percorreu nove países, entre eles a Argentina, onde ela chegou até o famoso “fin del mundo”, em Ushuaia. “A sensação de sonho realizado ao chegar num determinado lugar é indescritível, as pessoas que cruzam nosso caminho fazem cada quilômetro valer ainda mais”, revela.
Noellen Samara quando viajou para Ushuaia (Argentina) | Foto: acervo pessoal