Itália vota para reduzir número de parlamentares
Em virtude dessa reforma, antiga promessa do M5E, o número de eleitos passaria de 945 para 600
Os deputados italianos votam nesta terça-feira (8) uma reforma constitucional para reduz em um terço o número de parlamentares, uma promessa eleitoral do Movimento 5 Estrelas, cujo objetivo é economizar 500 milhões de euros por legislatura.
Em virtude dessa reforma, antiga promessa do M5E, o número de eleitos passaria de 945 para 600. Atualmente, a Itália possui o segundo maior parlamento da Europa, atrás do Reino Unido (1.455 membros) e à frente da França (925).
O número de deputados seria reduzido de 630 para 400, enquanto o número de senadores diminuiria de 315 para 200.
Luigi Di Maio, líder do M5E, tornou essa reforma uma condição para uma aliança com o Partido Democrata (PD, centro-esquerda) após a ruptura no início de agosto da coalizão governamental do M5E com a Liga (extrema direita) de Matteo Salvini.
Segundo o movimento, baseado na rejeição da "velha política", a redução no número de parlamentares deve gerar uma economia de cerca de 500 milhões de euros por legislatura (cinco anos na Itália). E permitir que ambas as câmeras trabalhem com mais eficiência.
Di Maio argumenta que esses fundos podem ser reinvestidos em escolas, hospitais e ajudar pessoas desfavorecidas.
Até agora, os social-democratas se opunham a essa reforma, mas finalmente concordaram em apoiá-la, estabelecendo certas condições, incluindo uma revisão da lei eleitoral para tentar frear a Liga, o primeiro partido da Itália com 32% de intenções de voto.
O antídoto para DP seria injetar uma boa dose de proporcionalidade.
A votação, marcada para esta terça-feira, é a quarta e última sobre este assunto. Como se trata de uma modificação da constituição, o Senado e a Câmara dos Deputados devem votar duas vezes o mesmo texto para que ele possa entrar em vigor.