Vaticano critica ação dos EUA sobre colônias israelenses
Sem citar diretamente os Estados Unidos, a Santa Sé assegurou em comunicado que 'as recentes decisões ameaçam minar ainda mais o processo de paz israelense-palestino e a já frágil estabilidade regional'
O Vaticano criticou nesta quarta-feira (20) a decisão dos Estados Unidos de deixar de considerar ilegais as colônias israelenses e se juntou às críticas internacionais sobre essa mudança na política externa americana.
Sem citar diretamente os Estados Unidos, a Santa Sé assegurou em comunicado que "as recentes decisões ameaçam minar ainda mais o processo de paz israelense-palestino e a já frágil estabilidade regional".
"A Santa Sé reitera sua posição pela solução de dois Estados para dois povos, como única maneira de chegar a uma solução definitiva desse conflito de longa data", ressalta o comunicado.
Na segunda-feira, o secretário de Estado dos Estados Unidos Mike Pompeo, anunciou que os Estados Unidos já não considera que as colônias israelenses em territórios palestinos sejam "incompatíveis com o direito internacional".
A declaração coloca Washington em desacordo com praticamente todos os países e com as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
Os tribunais de Israel declararam legais a maioria dos assentamentos. Mais de 600.000 israelenses vivem nesses assentamentos no leste de Jerusalém e na Cisjordânia junto com mais de três milhões de palestinos.
Os assentamentos continuam sendo um dos temas mais espinhosos no conflito israelense-palestino.
A Santa Sé reiterou que apoia o direito de Israel a viver em paz e em segurança dentro das fronteiras reconhecidas pela comunidade internacional, e que apoia o mesmo direito para o povo palestino, "que deve ser reconhecido, respeitado e aplicado".