Infectologistas dão recomendações sobre uso de água parada
Sem acesso à água nas torneiras, parte da população tenta se manter livre do covid-19 através de métodos que trazem risco à saúde
Com 37 pacientes infectados pelo coronavírus em Pernambuco - até a manhã desta segunda-feira (23) - o cuidado com a higiene pessoal deve ser redobrado para frear o surto. Lavar as mãos com sabão e água corrente é a principal medida de prevenção. Contudo, parte da população se arrisca em métodos alternativos diante da falta de acesso à água encanada.
Para garantir a eficácia da água parada no combate ao novo coronavírus, o infectologista Danilo Silvino reforça que, antes do uso, deve-se filtrá-la adequadamente. Ele recomenda que o líquido seja armazenado em filtros de barro ou que a água seja fervida antes do uso. Vale destacar que o álcool gel 70% é uma opção eficaz de higienização.
A infectologista Marcela Freire reforça que diluir produtos de limpeza não é a solução e pode acarretar complicações. A especialista descarta o uso de materiais abrasivos como desinfetantes e água sanitária devido ao risco de alergia. "É importante que exista uma lavagem mesmo que a água esteja reservada em recipientes", pontua.
A médica explica como o sabão reage na limpeza das mãos. “O sabão consegue destruir o vírus, assim como outros patógenos [...] Não é somente uma lavagem das mãos como muitas vezes a gente costuma fazer rapidamente. É uma lavagem criteriosa mesmo”, complementa.
Procurada pelo LeiaJá, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) não disponibilizou dados do abastecimento de água no Estado. Segundo o Governo de Pernambuco, a cobrança de 120 mil clientes inseridos na tarifa social será suspensa e a ampliação do Sistema Tapacurá deve beneficiar cerca 150 mil moradores dos Morros da Zona Norte. Carros-pipa vão rodar para garantir o serviço na Região Metropolitana do Recife e no Interior.