UE alerta para pandemia de informações falsas no mundo
A "infodemia" se instala em sociedades mais vulneráveis à Covid-19 e alimenta medos e ansiedades durante a pandemia
A vice-presidente da Comissão de Valores e Transparência da União Europeia, Vera Jurova, alertou que o bloco econômico enfrenta, além da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), uma infodemia por conta das notícias falsas.
O termo infodemia, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), significa um "excesso de informações, algumas precisas e outras não, que tornam difícil encontrar fontes idôneas e orientações confiáveis quando se precisa".
Conforme Jurova, essa infodemia se instala em "sociedades mais vulneráveis" à Covid-19 e alimenta medos e ansiedades durante a pandemia. Por conta disso, a comissária afirmou que a "Itália está entre os países mais atingidos" pelo problema, já que a nação tornou-se a mais afetada da União Europeia na crise sanitária.
A representante ainda acusou a China e a Rússia de serem as principais fontes de desinformação, afirmando ter "provas suficientes" para dizer isso, e informando que o Google "bloqueou e removeu mais de 80 milhões de inserções publicitárias ligadas à Covid em nível global".
"Para combater isso, nós precisamos mobilizar todos os principais personagens: 'fact-checkers, pesquisadores de plataformas online e autoridades", disse ainda a comissária.
A fala de Jurova seguiu a mesma linha adotada pelo alto representante europeu para a Política Externa, Joseph Borrell.
"A pandemia do coronavírus é também uma infodemia. Está acompanhada por uma enorme onda de desinformação e fraude com danos aos consumidores. Isso demonstrou que a desinformação não danifica a credibilidade de nossas democracias, mas danifica também os cidadãos", disse durante a coletiva.
Jurova, por sua vez, fez um apelo para que as plataformas onlines "sejam transparentes" com seus financiamentos e que a Comissão está fazendo um estudo "para entender melhor o fluxo das verbas publicitárias ligadas à desinformação".
Da Ansa