Julho Verde: ações alertam para o câncer de boca e pescoço

Cerca de 40 mil novos casos de câncer na região da cabeça e pescoço são diagnosticados por ano no Brasil, segundo a estimativa do INCA)

por Thalía Araújo sex, 24/07/2020 - 14:38
Pixabay . Pixabay

A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), em parceria com a Associação de Câncer de Boca e Garganta (ACBG), lançou a 4ª Edição da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Cabeça e Pescoço. Com o slogan “O Câncer tá na cara, mas às vezes você não vê!”, seguido da frase: “Seu Corpo é Sua Vida. Não o Destrua!”, a campanha discutirá diversas temáticas, como a pandemia da Covid-19, alimentação saudável, tabagismo, sedentarismo, entre outros fatores de risco.

No Brasil, câncer nessas regiões (cavidade oral e laringe) é o terceiro em incidência entre os homens e deve representar 7,9% de todos os novos casos de câncer estimados. Os dados reforçam a importância do 'Julho Verde', campanha que faz alusão ao Dia Mundial de Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, celebrado em 27 de julho.

Paula Sampaio, oncologista clínica do CTO, ressalta a importância de motivar as pessoas a realizarem um diagnóstico e manter os cuidados. “A campanha Julho Verde foi criada com o objetivo de motivar pessoas em idades com maior prevalência da doença (acima de 40 anos) a realizar exames específicos para detecção precoce da doença, o que aumenta muito as chances de cura”, destacou a médica.

O câncer de cabeça e pescoço mais frequente em mulheres é o de tireoide. Entre os homens, os tipos mais comuns são os tumores de boca e garganta (cavidade oral e laringe). “O câncer de cabeça e pescoço afeta diversas áreas e funções do corpo humano, como a respiração, fala, deglutição, paladar e olfato. Os sintomas mais frequentes são nódulo persistente no pescoço, lesão na boca que não cicatriza (por mais de 20 dias) e rouquidão por mais de três semanas”, destaca Paula Sampaio.

O cigarro, álcool e o vírus HPV estão no topo da lista dos causadores dos cânceres de cabeça e pescoço. Além desses riscos, todos devem lembrar que a higiene bucal é importante na prevenção. Adilson Gorayeb, aposentado, contou como descobriu o câncer: “Parecia uma íngua, um caroço na região da mandíbula que começou a crescer e incomodar. Procurei um dentista, e para minha surpresa fui indicado a procurar um oncologista, e tive o diagnóstico de câncer confirmado. Isso aconteceu em 2012 e fiquei completamente curado”, revelou.

O aposentado alerta que o diagnóstico precoce é importante e pode salvar vidas “Por isso, quando aparecer qualquer coisa estranha, que a pessoa suspeite, não perca tempo. Corra para o médico ou para o dentista, como foi o meu caso, para ter logo o diagnóstico e fazer o tratamento o mais rápido possível e assim ficar livre da doença”, finalizou Adilson.

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