Companhias de dança retomam atividades com restrições

Bailarinos e dançarinos de Belém já podem voltar às escolas. Grandes apresentações, porém, ainda estão fora da programação.

ter, 15/09/2020 - 16:15
Whtasapp Bailarina Karina Leão: voltar a dançar é gratificante Whtasapp

Após seis meses de portas fechadas devido à pandemia da covid-19, as escolas de dança de Belém retomaram suas atividades na última quarta-feira, 9 de setembro. Todas as companhias devem adotar as medidas de segurança previstas em protocolo do governo do Estado, como medição de temperatura dos alunos, aplicação de álcool em gel na entrada e demarcações dentro da sala para cada dançarino ensaiar com segurança.

As professoras e funcionários das escolas devem usar equipamentos de segurança como máscaras e face shield para evitar a contaminação. Alunos são proibidos de entrar com mochilas e bolsas nas salas de dança. Há armários para cada um guardar seus acessórios. No fim do dia, todo o local é desinfetado.

  Karina Nunes Leão, dançarina da escola Clara Pinto, disse que é gratificante voltar a dançar. “É difícil voltar depois de tanto tempo e com tantas restrições, mas ao mesmo é extremamente gratificante. Depois de momentos tão difíceis durante essa pandemia, a arte da dança é capaz de nos renovar e nos tornar mais leves e sensíveis a tudo que está ao nosso redor. As limitações são muitas vezes complicadas, já que atrapalham nossa respiração e nos impedem de abraçar nossas amigas e mestres de dança”, disse.

  Sobre a volta dos grandes eventos, Karina comentou que ainda há dúvidas. “A perspectiva ainda é de incerteza. Apesar da vontade e da saudade dos eventos de final do ano, o momento ainda é delicado e requer cuidados. Os espetáculos de dança sempre são feitos com muito amor e dedicação e não será diferente agora, pois é preciso pensar tanto nos artistas envolvidos como no bem estar do público”, observou.

  A professora Eloysa Figueiredo explicou que, mesmo com as dúvidas sobre a realização de eventos, voltar às atividades é algo positivo. “Voltar é muito bom, apesar das limitações. No novo normal não podemos ficar perto das alunas, então tivemos que nos adaptar para que os exercícios sejam mostrados da melhor maneira para que elas possam aprender. Mesmo sem ter certeza de que teremos espetáculos de fim de ano”, afirmou.

Por Henrique Herrera.

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