Outubro Rosa acende alerta contra o câncer de mama

Campanha visa à conscientização em busca da prevenção. INCA (Instituto Nacional do Câncer) informa que, em 2020, o Pará deve registrar 780 novos casos da doença; 320 em Belém.

qua, 07/10/2020 - 17:49

O mês de outubro é dedicado a conscientização e prevenção do câncer de mama. Com a pandemia causada pelo novo coranavírus, a abordagem é obrigatória, pois o medo da contaminação atrasou tratamentos e prejudicou o diagnóstico precoce. O tema escolhido pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) para campanha deste ano é “O câncer de mama e o coronavírus”. No vídeo abaixo, o mastologista Fábio Botelho fala sobre a doença. 

Dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer) mostram que, em 2020, 66.280 mulheres devem desenvolver câncer de mama no Brasil. A região Norte deve registrar 1.970 casos novos até o final de 2020, sendo 780 novos casos no Pará e 320 em Belém.

A Sociedade Brasileira de Mastologia destaca que o cuidado com a saúde feminina deve ser olhado com atenção, principalmente neste momento em que o rastreamento e o tratamento ainda estão sendo retomados, por conta da pandemia. A SBM reforça as ações preventivas, com o lançamento do movimento “Quanto antes melhor”. A ideia é chamar a atenção das mulheres para a adoção de um estilo de vida saudável, com a prática de atividades físicas e boa alimentação para evitar várias doenças. Entre elas, o câncer de mama.

O Outubro Rosa reforça três pilares estratégicos no controle da doença: prevenção primária (como reduzir o risco de câncer de mama), diagnóstico precoce (divulgar sinais e sintomas da doença e incentivar a mulher a observar o próprio corpo) e mamografia (informar que para mulheres a partir de 40 anos é recomendada a realização de uma mamografia de rastreamento anual).

Segundo recomendações da SBM, nas regiões onde o pico da doença diminuiu, os casos estão estabilizados e existe flexibilização das medidas restritivas, as mulheres devem retomar seus exames de rotina, seguindo medidas de segurança. Já nas regiões com alta incidência da pandemia, o mais correto é que as mulheres não consideradas urgentes, assintomáticas ou que fazem controle por alterações benignas aguardem o momento de pico passar.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres, no mundo todo, depois do câncer de pele não melanoma. Representa cerca de 25% de todos os casos novos de câncer: 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença por ano.

A professora Ana Cristina Bandeira, 50 anos, percebeu alterações na mama direita em 2016. Na época, fez exames mas não conseguiu um diagnóstico. Por isso, deixou passar o tempo. Apenas em janeiro de 2020, quando o inchaço na mama aumentou, voltou a procurar os médicos. Com novos exames, confirmou o câncer de mama.

A cirurgia para a retirada da mama direita foi em 14 de março. Logo em seguida, começou a pandemia do coronavírus, com isolamento social. Por isso, a quimioterapia só foi iniciada em maio, por prevenção.

Mas Ana Cristina não deixou o medo atrapalhar o tratamento. Durante o tratamento, ela conseguiu trabalhar e ainda concluir o curso de Direito. “Isso me ajudou bastante a passar por essa fase difícil. Mas está tudo dando certo e vai continuar”, avalia.

Com informações do CTO - Centro de Tratamento Oncológico).

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