Pernambuco quer vacina eficaz, "independente da origem"
De acordo com o secretário de Saúde, desde que exista uma comprovação técnica, vacina deve ser distribuída
A polêmica em torno da negativa de compra do presidente Jair Bolsonaro das vacinas produzidas pela farmacêutica chinesa Sinovac e produzida em conjunto com Instituto Butantã em São Paulo, o assunto foi abordado indiretamente nesta quinta-feira (22), pelo secretário estadual de Saúde, André Longo, durante a coletiva. Segundo ele, qualquer vacina, desde que seja comprovada a eficácia será bem-vinda no Estado, independente da origem.
"Aqui em Pernambuco esperamos que uma inclusão de uma vacina contra o Coronavírus dentro do PNI (Programa Nacional de Imunização) seja feita exclusivamente com base na segurança da população e nas questões técnicas e científicas para garantir sua eficácia", afirmou.
Segundo ele, essa decisão inclusive é corroborada pelo Conselho de Secretários Estaduais de Saúde. Longo ainda enfatizou que o PNI é responsável pelas vacinas sazonais aplicadas atualmente em crianças, adultos e idosos no Brasil e que a questão política não pode ser colocada em causa neste momento.
"O embate político e as influências ideológica na área da saúde, sobretudo por esse assunto, tem uma influência muito ruim na assistência à população", destacou. O secretário ainda garantiu que o Conselho dos Secretários Estaduais de Saúde vai aderir a "qualquer vacina considerada segurada e avalizada pelas autoridades sanitárias no PNI", independente da origem.
Confrontado diretamente sobre a decisão do executivo em não comprar vacinas de origem chinesa, Sinovac, Longo disse que toda a população brasileira tem que ter acesso a vacina que seja eficaz. "Se ela é eficaz e segura ela deve ser incorporada ao PNI", completou o secretário que a princípio afastou a possibilidade de intervenção judicial para a chegada de vacinas no Estado.