Walmart volta a colocar armas de fogo nas prateleiras
Vendas estavam suspensas devido aos violentos protestos na Filadélfia e à tensa eleição presidencial
Os hipermercados americanos Walmart decidiram colocar as armas de fogo e munições de volta nas prateleiras nesta sexta-feira (30), um dia depois de retirá-las devido aos violentos protestos na Filadélfia e a poucos dias de uma tensa eleição presidencial.
As manifestações que se seguiram à morte de um homem negro pela polícia levaram a distúrbios nesta cidade da Pensilvânia, nos EUA, na quarta-feira, que terminaram em várias prisões.
No início da semana, a imprensa local divulgou vídeos de lojas saqueadas na zona norte da cidade, incluindo um Walmart.
Como já havia feito neste verão, durante os protestos provocados pela morte de George Floyd, um afro-americano assassinado por um policial branco, a rede decidiu novamente guardar as armas e munições que vende em cerca de metade de suas unidades.
Porém, "como os incidentes foram isolados geograficamente, decidimos colocar os produtos de volta nas prateleiras", explicou a gigante do varejo em mensagem enviada à AFP.
Ambas as decisões, a de retirar as armas do alcance do público e a de colocá-las de volta, vêm poucos dias antes das eleições presidenciais de terça-feira.
Em várias ocasiões, Donald Trump, que busca um segundo mandato, evitou dizer se entregará o poder em caso de derrota. Ele fez alusão a uma possível fraude devido ao voto por correspondência, muito utilizado este ano por causa da pandemia.
Muitos prédios no centro de Washington começaram a proteger portas e janelas com compensados na quarta-feira, para se protegerem de possíveis manifestações após o dia da eleição.