SP: promotores pedem prioridade na vacinação contra Covid
Sugestão do promotor Roberto Barbosa Alves foi enviada ao Gabinete de Combate à Doença
Um grupo de promotores do Ministério Público de São Paulo (MPSP) escreveu um abaixo-assinado sugerindo que a categoria seja tratada como grupo prioritário durante a vacinação contra a Covid-19. O apelo foi enviado ao Comitê de combate à doença, e consta no extrato da ata da 22ª reunião ordinária do Conselho Superior do Ministério Público, realizada no dia 24 de novembro.
A demanda foi sugerida pelo promotor Roberto Barbosa Alves e formalmente solicitada pelo procurador Arual Martins, um dos membros do Conselho, com o apoio de outros colegas do MP. O pleito foi apresentado ao procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo, conforme solicitação documentada.
Em um dos trechos, o corpo de promotores justifica a necessidade de prioridade da categoria e diz que “não é uma questão de egoísmo em relação a outras carreiras”.
“Tendo em vista notadamente os colegas do primeiro grau, que trabalham com audiências, atendimento ao público e outras atividades em que o contato social é extremamente grande e faz parte do nosso dia a dia”, escreveram os promotores em carta.
Após a apresentação formal, Sarrubbo apoiou o pedido e informou que “poderia pessoalmente se empenhar em apresentar esse pleito ao Governo do Estado, (...) para ser levado à análise pelo Gabinete de Crise". O procurador Arual, também de acordo, informou que há outras análises em andamento e sob responsabilidade do comitê.
O procurador-geral lembrou ainda que foi informado dos grupos prioritários já definidos, em reunião com o governador de São Paulo João Doria (PSDB), um dia antes do encontro dos conselheiros. O gestor havia confirmado o fim dos testes da Coronavac, a previsão para o início da vacinação em janeiro de 2021 e que, inicialmente, a população priorizada é considerada vulnerável e contempla idosos e profissionais da saúde.
Segundo o Ministério da Saúde, o Plano Nacional de Imunização contra a covid-19 terá quatro fases. Em cada uma, serão atendidos públicos específicos, considerando o risco de evolução para quadros graves. A primeira fase terá como prioridade os trabalhadores de saúde, pessoas de 75 anos ou mais e idosos em Instituições de Longa Permanência (ILPIs), bem como povos indígenas.