Lisboa ocupa lugar de Berlim na presidência rotativa da UE
Com o desbloqueio do plano de recuperação pós-Covid-19 e a conclusão do acordo pós-Brexit com o Reino Unido, a presidência alemã terminou com sucesso em assuntos que ofuscam os projetos da presidência portuguesa
Portugal sucedeu nesta sexta-feira a Alemanha na presidência rotativa do Conselho da União Europeia (UE), uma tarefa difícil, em um semestre que será marcado pela resposta à crise de saúde.
Com o desbloqueio do plano de recuperação pós-Covid-19 e a conclusão do acordo pós-Brexit com o Reino Unido, a presidência alemã terminou com sucesso em assuntos que ofuscam os projetos da presidência portuguesa. "A etapa seguinte não é menos exigente", assinalou o premier português, Antonio Costa. "É hora de passar para a ação, de colocar em campo as ferramentas que temos: o plano de vacinação em escala europeia e os planos de recuperação nacionais", declarou, em coluna publicada hoje pelo semanário "Expresso".
Juntamente com a Comissão Europeia, dirigida pela alemã Ursula von der Leyen, Lisboa deverá continuar coordenando as medidas sanitárias dos 27. Superado o veto de Polônia e Hungria na última reunião de cúpula da presidência alemã, Portugal abordará a colocação em prática de um plano de 750 bilhões de euros, financiado com um empréstimo comum sem precedentes.
Prioridade do semestre português, esse objetivo passará, primeiramente, pela adoção dos diferentes planos nacionais de saída da crise, que, segundo Lisboa, deverão promover "uma recuperação econômica e social impulsionada pelas transições climática e digital".