Terremotos em série geram pânico em Granada
Imagens nas redes sociais mostraram os habitantes de Granada saindo de casa assustados à noite
Uma série de terremotos sacudiu a região de Granada (sul da Espanha) por dias e três tremores consecutivos em apenas alguns minutos desencadearam o pânico na noite de terça para a quarta-feira, apesar de nenhum dano material significativo ter sido registrado.
Imagens nas redes sociais mostraram os habitantes de Granada saindo de casa assustados à noite, alguns de pijama, apesar do toque de recolher que está em vigor por causa da pandemia do novo coronavírus.
A situação levou o presidente do governo, Pedro Sánchez, a pedir calma. "Vários terremotos voltaram a fazer Granada tremer esta noite. Estou consciente da preocupação de milhares de pessoas. É hora de manter a serenidade e seguir as recomendações dos serviços de emergência. Esperamos que logo retornem à normalidade", escreveu Sánchez no Twitter, na terça-feira à noite.
De acordo com o Instituto Geográfico Nacional (IGN), os três terremotos da noite de terça-feira ocorreram em um período de menos de meia hora e tiveram magnitude registrada entre 4 e 4,5, seguidos "de uma série de terremotos com magnitude superior a 3".
Desde o início de dezembro, cerca de 300 tremores ocorreram na região, segundo o IGN, dos quais cerca de quarenta foram sentidos pela população.
No entanto, os movimentos de terra deixaram apenas alguns danos materiais - principalmente depois de um terremoto no sábado que foi um dos mais potentes - como rachaduras em casas ou queda de objetos próximo ao epicentro, segundo o instituto.
"O sismo registrado é comum nesta zona", explicou o IGN, "uma das regiões com maior atividade sísmica da Península Ibérica", por causa da "convergência entre as placas Africana e Euroasiática" que origina "inúmeros terremotos de baixa a moderada magnitude e, ocasionalmente, com intensidade significativa".
Qualificando a situação como "muito preocupante", o prefeito de Granada, Luís Salvador, declarou nesta quarta-feira à televisão pública TVE compreender "o medo da população", mas clamava por "tranquilidade" já que esses tremores contínuos impedem "que haja um mais intenso e devastador".