Experimento comprova teoria de Hawking sobre buraco negro
Até então, não havia o que comprovasse a teoria sobre a radiação criada em 1974
Cientistas do Instituto de Tecnologia de Israel (Technion) criaram em laboratório uma estrutura com elementos semelhantes aos de um buraco negro, em uma escala menor. A partir desse experimento, foi comprovado pelo físico e coautor do estudo, Jeff Steinhauer, que os buracos negros emitem uma espécie de radiação. Este fenômeno foi nomeado Radiação Hawking, em 1974, na teoria do físico inglês Stephen Hawking (1942-2018).
Até então, não havia um experimento que comprovasse a teoria sobre a radiação. Segundo Steinhauer, em tese, tudo que entra em um buraco negro, não consegue sair, seja a matéria ou até mesmo a luz. Uma determinada região, onde não há volta por conta da sucção do buraco negro, é denominada horizonte de eventos. E por conta deste fenômeno, no espaço vazio, a radiação surge.
A mecânica quântica permite que o buraco negro faça uma divisão entre as partículas virtuais ao redor, e acaba por absorver parte dessa partícula. Por conta da gravidade, uma das partículas é absorvida e a outra escapa. Essa partícula que foge do horizonte de eventos é a famosa Radiação Hawking. Em teoria, ao longo de bilhões de anos, o buraco negro poderia evaporar completamente por conta dessa radiação.
Hawking foi um dos maiores cientistas do mundo, e ficou conhecido por escrever teorias e dissertar sobre fenômenos físicos da natureza e a origem do universo. Ele sofreu por muitos anos por conta de uma doença degenerativa, a esclerose lateral amiotrófica.
Em certo ponto, a doença fez com que o físico conseguisse mexer apenas os dedos e os olhos, sendo obrigado a ficar em uma cadeira de rodas, com um sintetizador eletrônico para falar. Apesar de todas as dificuldades, Hawking uma vez disse: "Não importa quanto a vida possa ser ruim, sempre existe algo que você pode fazer e triunfar. Enquanto há vida, há esperança".