Polícia fecha clínica que torturava dependentes químicos
Os pacientes eram espancados por um pedaço de madeira chamado de 'dipirona' pelos funcionários. O coordenador e dois auxiliares foram presos em flagrante
Uma ação conjunta entre a Polícia Civil, o Ministério Público e a Vigilância Sanitária de São Paulo prendeu três responsáveis por uma clínica de reabilitação para dependentes químicos em Vila Santa Cruz, na Região Metropolitana da capital. Com milhares de comprimidos fora de validade estocados, pacientes relatam que eram agredidos com um taco de baseball que os funcionários chamavam de "dipirona".
No momento da visita dos investigadores, nessa terça-feira (9), os pacientes estavam trancados em um quarto com cadeado. Ao todo, 2.289 comprimidos controlados sem prescrição e fora da validade foram encontrados dentro da clínica, informou a Polícia Civil na quarta (10).
Aos policiais, os internos detalharam uma rotina de agressões físicas e psicológicas por parte de alguns funcionários. Eles apontaram que eram agredidos com pedaços de madeira, com destaque para um taco de baseball caseiro que os agressores chamavam de 'dipirona'.
Divulgação/PCSP
A arma foi localizada em uma área de mato da clínica junto com três pedaços de madeiras que aparentam ser da cabeceira de um beliche. O coordenador e dois auxiliares foram presos em flagrante e responderão por tortura, cárcere privado, tráfico de drogas e associação criminosa.