Musicoterapia: o som da saúde e do bem-estar mental

Especialistas afirmam que o hábito de ouvir música diminui problemas como ansiedade e depressão

qui, 08/04/2021 - 11:44
Arquivo pessoal Para Herlon Chagas, psicólogo, a música auxilia na terapia mental Arquivo pessoal

A pandemia do novo coronavírus isolou cidades inteiras e alterou a rotina da maioria dos trabalhadores brasileiros. Tais mudanças colocaram o Brasil no topo dos países com mais casos de ansiedade e depressão, segundo pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP). Em meio a isso, profissionais especializados usam a música como ferramenta para tratar efeitos da pandemia. É a chamada musicoterapia.

A prática dessa área de conhecimento consiste em utilizar os sons, e seu teor terapêutico, para promover o bem-estar psicológico. Musicoterapeutas de todo o Brasil já utilizam essa técnica para minimizar tensões do cotidiano, combater a solidão e melhorar a saúde mental de pacientes afetados pela pandemia.

Para o músico e psicólogo Herlon Chagas dos Santos, a utilização da musicoterapia também auxilia no autoconhecimento. “A música manuseada terapeuticamente promove, desde o momento em que está sendo executada, até posteriormente, um campo para que as pessoas façam contato consigo mesmo, com seus sentimentos, sensações, emoções, com sua própria existência e consciência, fortalecendo a vontade de viver, contribuindo para que a saúde, como um todo, se restabeleça", disse.

Segundo o especialistas, a música possui um papel terapêutico. “Cada um dos aspectos ou elementos da música corresponde a um aspecto humano específico. Por exemplo, o ritmo induz ao movimento corporal, a melodia estimula a afetividade, e a harmonia contribui ativamente para a restauração da ordem mental no ser humano”, explicou o psicólogo.

Diante de uma das piores crises sanitárias e de saúde das últimas décadas, a música pode ser utilizada no ambientes médicos mais variados. No Hospital de Campanha de Santarém, no Pará, por exemplo, foi utilizada para diminuir a tensão e o estresse de pacientes internados com covid-19 e de profissionais da linha de frente de combate à doença.

Por Douglas Santos e Allam William.

 

 

 

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