Agência europeia analisa vacinas por riscos de coágulos
Imunizantes da Pfizer/BioNTech e Moderna estão sendo analisados
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) informou, nesta sexta-feira (7), que está analisando se as vacinas contra a Covid-19 da Pfizer/BioNTech e Moderna estão relacionadas a casos raros de coágulos sanguíneos, embora não tenha detectado evidências.
Em abril, a EMA vinculou duas outras vacinas autorizadas pela União Europeia (UE), as da AstraZeneca e da Johnson & Johnson, a casos raros, mas ocasionalmente fatais, de coágulos sanguíneos, embora tenha apontado que os benefícios das vacinas na luta contra a pandemia do coronavírus superavam os riscos.
O comitê de segurança da EMA "está monitorando de perto se as vacinas baseadas em RNA mensageiro também podem estar relacionadas a casos raros de coágulos sanguíneos associados a baixos níveis de plaquetas", informou a agência europeia.
A farmacêutica americana Pfizer e sua parceira alemã BioNTech, assim como a americana Moderna, baseiam suas vacinas na tecnologia genética de RNA mensageiro, que treina o organismo a reconhecer proteínas semelhantes às do coronavírus.
Desta forma,, quando exposto ao vírus real, o organismo reconhece a proteína e é capaz de combatê-la.
"Após uma revisão dos relatórios de alegados efeitos colaterais, (o comitê) considera que não há sinal de insegurança para as vacinas de RNA mensageiro", disse a EMA, com sede em Amsterdã.
Pouquíssimos casos de coágulos sanguíneos com plaquetas baixas foram relatados entre pessoas que receberam vacinas de RNA mensageiro.
Em comparação com as milhões de pessoas que foram inoculadas com essas vacinas, "os números são extremamente baixos e sua frequência é menor do que em pessoas que não foram vacinadas", informou a EMA.
O organismo acrescentou ainda que os casos registrados não parecem apresentar o padrão clínico visto nos casos provocados pelas vacinas AstraZeneca e Johnson & Johnson.
A EMA também anunciou que começou a revisar os dados de um tratamento de anticorpos britânico-americano contra o coronavírus, mas esclareceu que é muito cedo para avaliar seus riscos e benefícios.
Os dados correspondem ao tratamento sotrovimab, um anticorpo desenvolvido pela britânica GlaxoSmithKline e pela americana Vir Biotechnology, com sede na Califórnia.
O sotrovimab é um anticorpo que se liga à proteína do coronavírus e reduz sua capacidade de entrar nas células do corpo.
A revisão é o passo anterior à autorização acelerada para seu uso na União Europeia, de 27 países membros.