Médica alerta para o perigo de complicações da covid-19
Endocrinologista analisa evolução da doença em pessoas com obesidade, hipertensão e diabetes. Jornalista fala de lenta recuperação e da importância de mudança nos hábitos alimentares.
A obesidade pode ser um fator complicador para pessoas que contraem a covid-19. Essa tem sido a avaliação de médicos que acompanham as sequelas da infecção provocada pelo novo coronavírus.
A endocrinologista Carlliane Lins afirma que obesos, hipertensos e diabéticos não contraem o vírus com mais facilidade. Segundo ela, qualquer pessoa está suscetível à doença. A diferença, observa, está na evolução. "Os obesos, diabéticos e hipertensos podem ter uma resposta inflamatória mais intensa. Os primeiros sintomas são semelhantes, mas após alguns dias a doença avança, chega nos pulmões com a ocorrência de alterações tromboinflamatórias. Nesse momento, o paciente começa a complicar e a oxigenação no sangue pode cair. Pessoas saudáveis, sem essas comorbidades, tendem a evoluir com menos gravidade", diz a médica.
Izabel Chaves, jornalista que teve a covid-19, fala que hábitos de vida saudáveis, com alimentação sem excesso de açúcar, massas e gordura e com atividade física regular (pelo menos quatro vezes por semana), são fundamentais para uma boa saúde. Segundo ela, investir no consumo de vegetais, grãos e cereais integrais, oleaginosas, proteínas magras, não fumar e evitar o álcool também fazem parte de um estilo de vida saudável.
"Nunca é tarde pra investir na saúde e corrigir velhos hábitos", afirma Izabel. "A fórmula é simples: comer bem e se exercitar. A dificuldade está na inércia, em dar o primeiro passo. Uma vez iniciada a mudança de estilo de vida, é o alicerce para a boa saúde."
A jornalista reforça a importância de suplementação com vitaminas para melhorar a imunidade. "Gosto também de indicar o própolis. Dormir bem e práticas de relaxamento também auxiliam numa boa saúde global", observa.
Com a pandemia, Izabel passou a cuidar melhor da saúde, com orientação de uma nutricionista. "É possível, sim, melhorar a saúde, a partir do momento em que a pessoa passa a se amar. Só o fato de estar no grupo de risco já é motivo pra pensar em mudança", destaca.
Desde que contraiu a covid-19, Izabela diz que começou a mudar. "Quando paramos um pouco e começamos a perceber que a vida vai mais além, chegamos à conclusão que primeiro tem que vir a saúde para depois saber viver. Contraí a Covid e minha recuperação foi lenta, mas também consciente da importância em manter a saúde e isso começa com a nossa alimentação", afirma a jornalista.
Da Redação do LeiaJá (com apuração de Álvaro Davi e Cássio Kennedy).