Dia Mundial da Alfabetização é celebrado hoje (8)

Dados da PNAD de 2019 mostram que 6,6% da população brasileira é analfabeta

por Alfredo Carvalho qua, 08/09/2021 - 17:12
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Nesta quarta-feira (8) é comemorado o Dia Mundial da Alfabetização, data estabelecida em 1967 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que visa destacar a importância do domínio da leitura e da escrita.

Segundo último censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira é constituída por mais de 200 milhões de habitantes, deste número, a entidade pública aponta que 11 milhões são analfabetos. 

De acordo com uma análise realizada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) em 2019, a taxa de analfabetismo no país é de 6,6%. Além disso, os dados apontam que 18% das pessoas com 60 anos ou mais não sabem ler e nem escrever.

O professor e CEO da Uniway School, Fabrício Vargas afirma que o analfabetismo marca presença no Brasil há muito tempo, o que dificulta a sociedade a tomar as decisões corretas. “A perspectiva de uma pessoa analfabeta é muito limitada e isso causa um prejuízo gigante para a produtividade da nossa economia. O Brasil opta pela quantidade e não pela qualidade”, lamenta.

Para reduzir o analfabetismo no Brasil, Vargas explica que o governo precisa otimizar o acesso das pessoas à educação, seja em escolas, faculdades ou universidades. “Precisam olhar para isso com uma visão de querer fazer parte da mudança e não somente querer se beneficiar monetariamente das pessoas mais frágeis, como é hoje”, afirma.

Segundo o professor, a evasão escolar é um dos principais problemas a serem combatidos, que impacta diretamente nas esferas sociais e econômicas. “Ano após ano, milhares de adolescentes e crianças saem das escolas, por não enxergarem uma significação no conteúdo aprendido no ambiente escolar e para trabalhar, o que ajudaria na renda da família”, ressalta Vargas.

Outro ponto de atenção, segundo o profissional, seria uma reformulação na metodologia e na entrega do conteúdo. “Precisamos nos livrar do quantitativismo e focar na qualidade de ensino”, reforça.

A fonoaudióloga e pedagoga Mariana Hypolito explica que para reduzir o analfabetismo, são necessárias medidas públicas que assegurem a educação gratuita para jovens e adultos. Além disso, também é essencial oferecer tecnologias educacionais e atividades recreativas, culturais e esportivas.

O processo fonoaudiólogo também é um importante aliado no combate ao analfabetismo. “Ele auxilia desde a primeira infância na aquisição da linguagem oral, até os processos da linguagem escrita e aprendizagem”, finaliza Mariana.

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