UNAMA promove campanha de doação de sangue e medula óssea
Iniciativa planeja alcançar até 150 bolsas em dois dias, que podem ser revertidas em até 600 transfusões
A Fundação Hemopa e a UNAMA - Universidade da Amazônia realizaram campanha de arrecadação de sangue e medula óssea, nos dias 26 e 27 de outubro, em Belém. A meta era alcançar 150 bolsas, que podem ser revertidas em até 600 transfusões.
Uma bolsa de sangue pode beneficiar até quatro pessoas. Segundo o Hemopa, está cada vez mais frequente a necessidade de transfusão em pacientes de covid-19, devido às complicações que podem surgir por causa da doença. Somente neste ano, foram realizadas oito campanhas de coleta de sangue.
Já no caso de doações de medula óssea, a região Norte é a que menos possui doadores, de acordo com o site do REDOME – Registro Nacional de Doadores e Voluntários de Medula Óssea. Entretanto, o Pará é o Estado da região que possui a maior quantidade de voluntários, com 118.949 doadores.
Amanda Costa, assistente social do Hemopa, informa quais são os critérios para contribuir: é necessário ter de 16 a 69 anos; adolescentes precisam estar acompanhados dos pais ou responsáveis; estar em boas condições de saúde e pesar pelo menos 50 kg.
Além disso, quem teve covid-19 recentemente precisa esperar 30 dias após a cura. Para quem se vacinou, a orientação é de que os doadores esperem de 48 horas ou até sete dias, dependendo do imunizante.
A assistente social explica que há uma meta para ser atingida de pelo menos 150 bolsas durante os dois dias de campanha. “Essas 150 bolsas podem ser revertidas em até 600 transfusões. Essa campanha é muito importante para a Fundação Hemopa, para os hospitais que estão precisando, para que os pacientes recebam as transfusões de sangue”, explica.
Regina Cleide, coordenadora do Núcleo de Responsabilidade Social da UNAMA, diz que a parceria da universidade com o Hemopa já existe há muitos anos. “Agora no segundo semestre, nós estamos com a campanha na nossa unidade para que a comunidade possa doar sangue e se cadastrar para doar medula óssea”, acrescenta.
Regina avisa aos possíveis doadores que, aqueles que fizeram tatuagens, piercings e procedimentos semelhantes, também precisam aguardar um período para realizar as doações, de acordo com as orientações da equipe técnica.
Regina diz que a principal preocupação do Núcleo de Responsabilidade Social é a valorização da vida e o amor ao próximo, especialmente em meio à pandemia.
“A gente sabe a necessidade de o banco de sangue estar sempre com condições de suprir os hospitais, as pessoas que necessitam. Então, foi nesse sentido de ajudar o próximo, do amor ao próximo, de ajudar aquele que está hospitalizado precisando dessa doação”, afirma.
A também assistente social do Hemopa Betânia Mourão explica que as universidades são grandes parceiras da Fundação, com o objetivo de levar as coletas ao hemocentro para abastecer os hospitais, e reafirma que essas campanhas sempre existem.
Betânia agradece a parceria da UNAMA com a Fundação e reforça que a causa é fundamental e essencial para a vida humana. Além disso, ela afirma que há uma boa expectativa para os resultados da mobilização.
“Acreditamos que a gente vai fazer uma campanha de cidadania, realmente, em que esses alunos, esses profissionais, estarão vindo aqui deixar a sua bolsa, e a possibilidade de salvarmos até quatro vidas em cada bolsa de sangue arrecadada”, afirma.
A estudante de Enfermagem Bárbara Luciana é doadora há algum tempo, e afirma que doa sempre que tem a oportunidade. “Não importa a ocasião, eu gosto de doar, porque eu sei que sempre vai ter alguém que vai precisar”, complementa. “Eu doo porque alguém vai estar precisando, pode ser da minha família ou não, e eu gostaria que alguém fizesse isso por mim um dia. Para a gente querer, a gente tem que fazer.”
Bárbara também incentiva e deixa uma mensagem para aqueles que ainda não são doadores. “É muito boa a sensação de você ajudar. Tentem doar pelo menos uma vez, sempre que puderem. É muito bom, vocês vão gostar”, afirma.
Jéssica Stribe, estudante de Medicina Veterinária, também participou da ação. Porém não foi a primeira vez.
Assim como Bárbara, ela conta que decidiu ser voluntária para ajudar outras pessoas, e diz que se sente muito feliz em saber que pode contribuir para salvar até quatro vidas. A estudante também afirma que pretende ser doadora de medula óssea. “Para poder ajudar o próximo, sempre tem gente que precisa”, conclui.
Por Alessandra Nascimento e Isabella Cordeiro. (Com produção de Dinei Souza).