Consulta pública para vacina de crianças começa amanhã

Pesquisa fica aberta até 2 de janeiro de 2022 e deve influenciar decisão do governo sobre a vacinação contra a Covid no público de 5 a 11 anos

por Vitória Silva qua, 22/12/2021 - 11:28
Marcelo Camargo/Agência Brasil Saúde recomenda vacinação contra a Covid em crianças de 5 a 11 anos Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid), do Ministério da Saúde (MS), anunciou que irá realizar, a partir desta quinta-feira (23), uma consulta pública para que a sociedade civil comunique ao governo como se sente sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos de idade. A pesquisa foi divulgada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira (22) e deve ficar aberta até 2 de janeiro de 2022.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina da Pfizer para crianças na última quinta-feira. A autarquia garante que o uso do imunizante é seguro e que existem evidências científicas de que a vacina, aplicada em duas doses em crianças, pode ser eficaz na prevenção de doenças graves causadas pelo coronavírus. Até a autorização do dia 16, o imunizante só podia ser aplicado em maiores de 12 anos.

A Câmara Técnica que assessora o governo sobre imunização da Covid-19 também deu parecer favorável, que é reiterado por especialistas da comunidade médica. As manifestações sobre a imunização contra o coronavírus de crianças de 5 a 11 anos de idade poderão ser enviadas através do portal do Ministério da Saúde. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que fará no dia 4 de janeiro uma audiência pública sobre a vacinação de crianças no Brasil.

“Nós vamos fazer um procedimento administrativo para avaliar a decisão da Anvisa em todos os seus aspectos, para, a partir dessa análise, verificar a implementação dessa decisão no âmbito de uma política pública”, complementou o ministro.

De acordo com o ministro, questões em torno da aplicação da vacina em criança devem ser analisadas no “âmbito técnico” e ao “âmbito do Ministério da Saúde”, para, a partir daí, esta política ser seguida por estados e municípios.

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