Zara é acusada de novo caso de racismo na Bahia

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um homem negro sendo abordado pelo segurança da loja e sendo obrigado a abrir a sua bolsa

por Jameson Ramos qua, 29/12/2021 - 18:01 Atualizado em: qui, 30/12/2021 - 08:10

Mais um caso de racismo foi registrado nas lojas Zara, dessa vez na unidade localizada no Shopping Bahia. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um homem negro sendo abordado pelo segurança da loja e sendo obrigado a abrir a sua bolsa para que fosse verificado se ele havia furtado alguma coisa da loja.

Nas imagens é possível ver o homem, tratado como suspeito pelos funcionários da Zara, abrindo a bolsa e mostrando cartões, documentos e afirmando que tem condições para comprar qualquer item da loja.

Por meio de nota, a Zara afirmou que está apurando todos os detalhes da ocorrência:

A Zara Brasil informa que, juntamente com a administração do Shopping da Bahia, está apurando todos os detalhes relacionados ao fato ocorrido na tarde de terça-feira, no centro comercial, para tomar as providências necessárias e evitar que episódios como esse se repitam. Por meio de investigação realizada até o momento, e até a finalização da mesma, tomou-se a decisão de afastar do serviço uma funcionária da loja. A empresa lamenta o ocorrido neste episódio, que não reflete os valores da companhia.

Reincidência 

Essa não é a primeira vez que a Zara é acusada de racismo. No dia 14 de setembro desse ano, uma unidade do Shopping Iguatemi, em Fortaleza, Ceará, foi acusado de criar um código para indicar a entrada de clientes que tivessem "um perfil indesejado".

Essa prática serviu para discriminar a delegada negra Ana Paula Barroso, que foi impedida de entrar na unidade. A Zara afirmou na época que impediu a entrada da delegada porque ela estava usando a máscara de forma errada.

Na ocasião, ela estava tomando um sorvete. No entanto, outras pessoas, que não eram negras, tiveram o acesso permitido, mesmo sem usar a máscara de forma correta. 

Após um inquérito finalizado, a polícia do Ceará concluiu que o gerente da unidade praticou crime de racismo contra a delegada "por recusar, impedir acesso ao estabelecimento comercial, negando-se a servir , atender ou receber cliente ou comprador".

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