Inflação interfere nos preços da Páscoa 2022
Um levantamento do IBGE mostra que os produtos acumularam uma inflação de até 83% no último ano
Faltam 12 dias para a Páscoa e os brasileiros terão que regular os tradicionais presentes da celebração às mudanças nos preços dos ovos de páscoa. Segundo um levantamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE, os produtos mais consumidos no feriado acumularam uma inflação de até 83% nos últimos 12 meses.
Chocolates em barra e bombons tiveram um aumento de 10,74%. Já os açúcares e derivados, usados em sobremesas, acumularam uma alta de 19,85%. No caso do açúcar refinado, a variação chegou a 43,77%.
De acordo com o gerente do IPCA do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Pedro Kislanov, o açúcar foi prejudicado pelas questões climáticas, tanto pelas geadas de inverno quanto pelo período de seca. “Tivemos altas seguidas de mais de 4% ao mês no preço do açúcar no segundo semestre de 2021. A cana-de-açúcar tem uma competição como produto alimentício e como base para a produção de etanol”, afirmou o gerente do IPCA.
Segundo o economista e professor do Ibmec, Gilberto Braga, os preços dos produtos também foram afetados pelas variações nas importações e exportações durante a pandemia de Covid-19. Ele projetou que as vendas deste ano podem não crescer tanto, devido ao aumento de custo de vida, que pesa na decisão da compra.
De acordo com a Associação de Supermercados em São Paulo, os preços de ovos de páscoa estão até 40% mais caros em 2022.
Por Camily Maciel